Essa ideia de fazer da pista central da avenida Pedro Miranda corredor de ônibus pode ser excelente, caso não signifique o ponto de partida da destruição da Aldeia Cabana, equipamento público construido ainda na gestão petista e sempre maltratado desde que D. Costa assumiu a prefeitura, começando por mudar-lhe o nome retirando a referência à Cabanagem, presumivelmente pro julgar que o líder de uma das maiores revoltas populares que esse país experimentou foi comandada por Edmilson Rodrigues, em 1835.
A par da obtusidade do alcaide, o bairro da Pedreira valoriza seus imóveis por conta da ação da especulação imobiliária, que expulsa os de poder aquisitivo mais modesto e constrói prédios tipo classe média alta indiscriminadamente. Com isso, esses novos habitantes do bairro certamente não quererão ouvir surdos e tamborins da folia e muito menos o rufar dos tambores dos desfiles escolar e militar.
Antes que a pressão por um trânsito mais ligeiro leve ao clamor pela destruição da Aldeia, cumpre lembrar que aquilo custou milhões de reais ao contribuinte e é alternativa essencial ao uso do centro-histórico e comercial à realização dos eventos citados, colaborando enormemente para mante-los vivos. Ao menos moribundos.
4 comentários:
Concordo e assino em baixo ao teu comentário. E sobre a mudança esdrúxula do nome da Aldeia Cabana para "Aldeia Amazônica" é apenas mais um exemplo dos vários espalhados por Belém: 1º de Dezembro (João Paulo II), 25 de Setembro (Rômulo Maiorana), Rodrigues Apinagés (Jerônimo Rodrigues) etc. Uma palhaçada e falta do que fazer.
Adilson S. Barbosa, estudante de Eng. Elétrica-UFPA
Beleza, Adílson. Vá mandando. Não só quando concordar, mas também quando quiser expor opinião divergente. Principalmente quando não está no anonimato.
A Pedreira é minha manjedoura.Antes que este merfeito a destrua,nós destruiremos ele
Boa, comandante Matos. Precisamos, desde já, conclamar a população a preparar as vassouras para quando essa infecto "rasgar". Ele vai na frente e a gente atrás desinfetando a rua.
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