O pedral e a pedreira

A Futrica Barbálhica(Diário do Pará) parece defender os interesses da Vale, ao insinuar uma possível conspiração que inviabilize o transporte do minério através do modal hidroviário, bem como a criminalização do governo federal, que teria agido movido por essa conspiração maranhense contra a obra de derrocamento do pedral do Lourenço, que permitirá a navegabilidade do rio Tocantins os doze meses do ano.
Apesar do jornal de Jader dedicar uma página inteira ao assunto, não há uma linha sequer cobrando da Vale, maior beneficiária da obra, colaboração para viabilizá-la, sendo vista como atitude natural da companhia a opção pelo uso da ferrovia; assim como é tangenciada a questão do custo inicial, tudo indica, superfaturadíssimo e um dos motivos principais para que a obra entrasse em compasso de espera.
Ao que parece, o PMDB paraense não leva muita fé na reunião que a bancada federal que nos representa terá com a ministra do planejamento, Mírian Belchior, na próxima 4ª feira, optando pelo tom dramático e repetitivo da inviabilização dos nossos interesses a partir de conspirações urdidas no Maranhão, de resto, um álibi sempre à mão daqueles que historicamente colocaram seus interesses pessoais à frente do interesse coletivo. Como sempre funcionou, tudo indica, continuará sendo usado. Felizmente, sempre há uma primeira vez. É o que se espera.