Canalhices globais e assemelhadas

"No seminário sobre Direitos Humanos, Justiça e Memória, realizado esta semana na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, organizado pela Faculdade Latinoamericana de Ciencias Sociais (Flacso) e pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, pudemos viver momentos de uma intensidade emocional incomparáveis. Não seria de se estranhar, sabendo o que vários países desde continente viveram em um passado recente, sob regimes militares que implantaram o terror.

Desta vez o momento foi especialmente emotivo porque a ministra Maria do Rosário, em nome do Estado brasileiro, entregou as cinzas de um cidadão espanhol de nascimento e de cidadania venezuelana, chamado Miguel Sabal Nue, aos seus três filhos. A cerimônia foi ainda mais emotiva, porque até recentemente circulava a versão da ditadura militar de que Miguel teria se suicidado. Maria do Rosario expressou aos filhos o pedido de perdão do Estado brasileiro pelo que havia sido feito com seu pai".(Emir Sader).
Lendo essa postagem do professor Emir, lembrei-me de uma matéria que assisti ontem na Globo News, com um salafrário chamado Ariel Palácios desancando a presidenta Cristina Kirchner, acusando-a de perseguição a mafiomídia do El Clarin e de ser intolerante com a liberdade de expressão, princípio basilar do funcionamento da imprensa em um regime democrático.
Evidentemente que isso não passa de encenação farsesca, afinal, Clarin e Globo são historicamente aliados carnais das ditaduras brasileira e argentina do século passado a elas devendo seus poderes midiáticos, logo, padecem de qualquer autoridade moral para cobrar dos outros algo que sempre desprezaram.