Tudo leva crer que a reunião da bancada paraense no Congresso Nacional com a ministra do Planejamento, Mírian Belchior, marcada para a próxima quarta-feira, debaterá dois problemas contidos em um só tema, o da plena navegabilidade do rio Tocantins: primeiro, há indicativo de que o derrocamento do pedral do Lourenço foi retirado do conjunto de obras do PAC pro nosso estado porque o Ministério do Planejamento achou que a obra era cara demais (R$500 milhões); segundo, porque nada justifica que o governo federal banque totalmente esse custo, ou outro qualquer, para beneficiar preponderantemente uma empresa privada, no caso a Vale, proprietária da Alpa, que teria seus produtos transportados por meio mais barato, mas não gastaria um tostão por esse benefício.
No primeiro caso, é conhecido o histórico de interrupções dos grandes projetos em nosso estado, por conta de recorrentes superfaturamentos contidos toda vez que obras como pavimentação da Transamazônica ou construção das eclusas da Hidrelétrica de Tucuruí eram retomadas. Só com Lula é que uma foi concluida e a outra está próxima de sua conclusão.
Porém, mais que esqueletos de armário, persistem certas práticas nada republicanas que antes de mais nada atiram areia nos olhos da opinião pública ao camuflar suas intenções marotas com o discurso de defender o Pará da discriminação que o relega ao atraso pelo descaso com que são tratados seus interesses.
Evidentemente que o buraco é mais embaixo sendo, com efeito, do interesse da população separar o que é defesa real dos seus interesses daquilo que é uso desse tema como encenação para auferir vantagens financeiras, como tem ocorrido ao longo de décadas, quando alguns enriqueceram, a população empobreceu e as obras estrturantes não sairam do papel. Que a 4ª feira ilumine esse debate.
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