As provas da empulhação

Como este blog já havia previsto, o tal do combate à exclusão social proporcionado por Simão Lorota não passa de empulhação, comprovada ontem com a aprovação, pela Alepa, de um projeto de lei que reduz à metade o tempo que cada candidato receberá os benefícios do programa Bolsa-Trabalho, criado pelo governo Ana Júlia.
Investido de revoltante dose de cinismo, o secretário de trabalho, Junior Hage, por sinal, aliado do governo que antecedeu Simão, justificou que o programa, do jeito que funcionava, continha contornos eleitoreiros.
Empulhação digna do chefe dele. Na verdade, é a vil tentativa de atirar areia nos olhos da população para desviar a atenção do principal, o corte nos recursos do dito programa de qualificação de jovens para o mercado de trabalho. Aliás, essa necessidade gritante do mercado de trabalho por qualificação é algo que nunca empolgou Lorota, daí esse corte brutal, bem como a aprovação a toque de caixa da prorrogação de contratos temporários no serviço público estadual.
Se não bastarem esses exemplos consultem a tal vigarice do combate à exclusão social e constatem a disparidade do dispêndio de recursos para o Presença Viva, transformado em balcão onde troca-se votos por documento e exame médico de rotina, em prejuízo do próprio Bolsa-Trabalho. E o vigarista ocupante da SETER ainda vem falar de eleitoreirismo. Cara de pau!