Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 13 de novembro de 2011

Teoria da conspiração

Jader sempre foi bom cabrito, por isso jamais berrou nessas situações. Mesmo quando foi preso e algemado, segundo dizem, por alguma influência de Almir Gabriel, esperou a hora certa da vingança, que veio em 2006, quando ajudou a derrotar o outrora "inesquecível", conseguindo até que o PT voltasse atrás em sua decisão trocando Mário Cardoso por Ana Júlia, com mais chances eleitorais, o que acabou confirmando-se como é do conhecimento geral.
Agora, quando Jader resolve berrar, não é porque desaprendeu mas por sentir o forte odor da "perpétua" política o rondando. A matreirice de quem sempre foi considerado um dos mais espertos coroneis políticos do PMDB está dando lugar a auto comiseração de considerar-se vítima da teoria da conspiração. Só o desespero explica a divisão que fez do STF, entre ministros sérios e aqueles movidos pela politicagem. Sérios, os que votaram pelo acolhimento de seu recurso; os demais seriam os politiqueiros comandados pelo ministro Joaquim Barbosa.
Pelo visto, a partir de agora, o tom a ser adotado pelos veículos da Rede Barbálhica de Aleivosias(RBA), de propriedade da "vítima", será aquele resultante da mescla da teoria da conspiração com o bairrismo. É impressionante como os barbálhicos carregam esse messianismo nas suas suas posturas. Há um out door, saudando o natalício de Elcione Barbalho, que contém os seguintes dizeres, "Por todo o Pará. Por todos os paraenses". É bastante discutível que esse sentimento individual tenha se irradiado como faz crer a tal mensagem, se não Elcione não teria sido derrotada por Duciomar em 2002, para o Senado Federal; assim como Jader jamais volta a concorrer ao governo porque sabe que será derrotado. Quanto aos quase 1,8 milhão de votos, talvez fossem bem menos se o PT tivesse feito a coisa certa elançado dois candidatos.
Mas , isso é outra história. Está se falando do sentimento de frustração que acomete Barbalhão por conta da decisão do STF, suas consequências no comportamento do dono do PMDB local, bem como a possibilidade da futura ministra desempatar a votação do dia 9 contra ele. Para rechaçar tal possibilidade, o clima de comoção a ser criado pelo noticiário que sua mídia fabrica deve tentar irradiar-se para todo o país com o intuito de mostrar que ministros do STF não julgaram com isenção, mas com matreirice política a fim de beneficiar a candidatura do petista Paulo Rocha. É o perdido por um, perdido por dez do futebol aplicado à política, na vã tentativa de voltar a contar com os coroneis pemedebistas que o abandonaram, vice-Presidente da República à frente.
O duro vai ser essa reconquista, que passa por Jader convence-los da justeza de ter apoiado Serra contra Dilma, quando esta tinha como companheiro de chapa justamente esse, o presidente do PMDB. O que se colhe é o que se planta. Mesmo quando a safra demora décadas pra dar.

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