A julgar pela matéria publicada hoje, em O Liberal, a respeito do assalto sem fim praticado contra os cofres da Alepa, um dos chefes da quadrilha, Mário (Tapio)Couto, fez bem mais do que transformar tapioca em material de construção. Teria reaproveitado documentações de empresas apresentadas para concorrer em licitações pretéritas e falsificado as assinaturas dos seus responsáveis para "esquentar" as fraudes, como se aquelas empresas estivessem participando de nova licitação.
É verdade que a matéria não cita uma vez sequer o nome do presidente da época, ao contrário de quando trata-se de assalto nos tempos de Domingos Juvenil, comparsa de Barbalho e de periculosidade tão letal quanto a de Couto.
De qualquer modo, a referida matéria parece ser fundamental para exorcizar o fantasma da criminalização dos executores dos assaltos, poupando os mandantes e beneficiários. Pelo roteiro esboçado Sandro, Mônica, Raul e quem mais ocupou cargo de confiança na Alepa e participou da dilapidação de seu patrimônio, só o fez porque obedecia ordens de presidentes. Estes, jamais podem alegar terem sido iludidos em sua boa fé(?) na medida em que até um analfabeto com posto de comando, se quisesse, poderia anular as tais licitações. Se não o fizeram é porque eram os maiores beneficiários do gigantesco assalto. Tanto que maquinaram diuturnamente para impedir a instalação de uma CPI, mecanismo muito mais célere para apurar esse tipo de delinquência.
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