Vejam a enrascada em que se meteu aquela delinquência, travestida de informativo, alcunhada de Bom Dia(?) Brasil. Apresentou uma matéria a respeito da greve dos professores do Pará, sob a perspectiva da criminalização do movimento até por desobedecer uma determinação judicial, embora tenha ressaltado o que levou os professores à greve.
Logo em seguida, veio uma outra matéria que tratava dos dados do senso do ensino superior no país e seus avanços, nos últimos dez anos(ver postagem feita ontem à noite neste blog, intitulada"Depois dos tucanos, a educação melhorou"). Aí o tom afirmativo mudou e os apresentadores passaram a abusar do "mas", "porém", "todavia", tudo para ressaltar o negativo e ocultar os inegáveis avanços verificados. O número de estudantes universitários mais que dobrou em dez anos, "mas", os matriculados em universidades particulares são três vezes mais do que os matriculados em universidades públicas. Nenhuma referência ao responsável por isso, FHC, em cujo governo foram criadas cerca de DUAS MIL UNIVERSIDADES PARTICULARES, enquanto a universidade pública foi jogada na vala comum dispensada ao serviço público em geral.
Mais grave: quase todas com o status de filantrópicas", embora grande parte fosse "pilantrópica" na medida em que não apresentavam a contrapartida em concessão de bolsas de estudo aos benefícios tributários que recebiam. Só com o ProUni de Lula é que essas universidades passaram a entrar na legalidade e disponibilizar vagas a jovens que não ingressaram em universidades públicas e não têm recursos para pagar uma particular. Cresceu, ainda, o número de alunos matriculados nas regiões Norte e Nordeste, "porém", o Brasil só atingirá a meta de 30% dos estudantes em idade universitária frequentando, de fato, as universidades em 2020.
Aí o apresentador Chico Pinheiro percebeu o rumo calhorda que a prosa tomou e tentou salvar a lavoura declarando ser muito difícil avançar-se na educação no Brasil quando temos professores lutando para ganhar mil e cem reais. Que saia justa!
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