Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Entre a cruz e a espada, uma saída nada honrosa

Era visível o incômodo que causava na direção do SINTEPP a obrigação da defesa do PCCR-produzido pelo governo Ana Júlia- e do Piso Nacional do Salário do Magistério-produzido pelo governo Lula- daí sempre ser perceptível que a direção do sindicato queria o fim da greve, mesmo sabendo que Jatene sairia fortalecido. Pode-se até afirmar que não terminou antes porque a categoria peitou sua direção.
Agora à tarde, produziram um documento que é um primor de metralhadora giratória com munição de festim, conforme pode-se ler no blog da professora Edilza. Referem-se a um clima de festa que não existiu. Pelo contrário, muitos dos professores vindos do interior foram às lágrimas revoltados com o fim do movimento, sem que se tenha tido ao menos deixado a esperança de reabrir diálogo na perspectiva da redução na intransigência tucana.
Restou a velha lenga lenga da subtração de recursos da educação para pagar juros da dívida, velhacaria desmentida pelos fatos na medida em que, desde 2003, constatamos uma série de avanços do ensino público, tais como a retomada do investimento nas universidades públicas, a triplicação do número de doutores e mestres nas salas dessas universidades, a expansão do ensino técnico, dignidade salarial, democratização do acesso à universidade, a atuação do governo federal no auxílio a estados e municípios visando a melhora do médio e fundamental públicos, enfim, uma série de avanços que não seriam possíveis sem investimentos.
Restou, também, a constatação de que esse recuo pode custar caro a quem tentou usar um movimento legítimo de denúncia contra um governante que atua à margem da lei, com intenções politiqueiras no afã de projetar candidatos. Isto certamente terá consequências lá adiante, quando os professores constatarão que certas atitudes aparentemente radicais, não passam de encenação shakespeariana do "muito barulho por nada", de resto, reprovada nesse teste da greve. É isso.

12 comentários:

Anônimo disse...

hi, a ex-governadora foi processada pelos kits escolares. Tá feia a coisa.

Anônimo disse...

Jorge sem farpas, voce devia agradecer o fim em nome dos inocentes prejudicados nesta historia , os estudantes

Anônimo disse...

Cadê tua coerência? Respeite esse sindicato, que é um dos poucos que resiste aos ataques desses governos salafrários. O governo do PT inaugurou no nosso Estado a criminalização dos movimentos sociais, atingindo em especial o sintepp e nunca disseste uma vígula sequer sobre isso. Pregas um mundo que beira o maravilhoso-fantástico. Acorda, Alice, não estás no País das maravilhas não!

Na Ilharga disse...

O governo passado aceitou democraticamente a crítica feita ao destempero e repressão aos manifestantes que estavam em frente ao Palácio dos Despachos. A governadora, em público, teve a coragem de manifestar-se. Ao contrário do Ed e tu deves estar lembrado.
É óbvio que não estamos no país das maravilhas, mas o censo universitário desmentiu muito demagogo que vive a repetir pavlovianamente algo que seus "donos" tocam a sineta para que o façam. E ainda salivam. Credo!

Anônimo disse...

a incoerência é tua marca, Jorge. Defendes o indefensável. O Sintepp levou pau no governo a que servistes com fidelidade cega. A Ana botou a PM para bater nos professores, é a verdade que finges ignorar. É por isto que teu blog não é lido por quase ninguém. Falta credibilidade e coerência. A verdade é que dói, meu chapa.

Na Ilharga disse...

É constrangedor te ver despolitizando tua argumentação ao fazer aflorar teu lado de tiete global de adorador de novelas e índices de audiências gigantescos. Em mãos de que lideranças com essa qualificação(?) está uma categoria que trava luta tão nobre.
Quanto à Ana, nem no Palácio ela estava quando ocorreu a repressão, mas depois condenou os excessos e determinou que nunca mais se chegasse a tanto.
Totalmente diferente do "Comandante em Chefe" da Milícia Cabana, que fazia da truculência de uma gangue ação governamental. lamentável!

Anônimo disse...

Não estava no Palácio, ah, essa é boa. Não estava, mas mandou bater nos professores como uma rainha louca. E tu, súdito, ainda vens com desculpas esfarrapadas para justificar a repressão. Bem fez o povo do Pará que chutou vocês do governo. Quanto ao Edmilson, não simpatizo com ele, mas foi o melhor prefeito que Belém já teve. Arranja desculpa melhor quando falares em repressão aos movimentos sociais no governo da Ana. Essa tua foi bem fraquinha e motivou risos entre os professores.

Na Ilharga disse...

Oh bobo da corte, não são desculpas são fatos. Quanto ao Ed, de fato, cumprindo um programa petista fez uma bela administração, não sei se como psolista, caso eleito, coisa que acho quase impossível dadas as injunções políticas da conjuntura, tais como tempo de tv, alianças, seria capaz de fazer uma boa administração.
Quanto aos risos, parece que a tua tietagem global fez aumentar consideravelmente a "audiência" do blog. Poxa, obrigado!

Na Ilharga disse...

Meu caro anônimo das 20:48 de ontem. Não se trata de atender à "inocência", mas de uma luta gigantesca pelo resgate da qualidade do ensino público. Quando jovem, passei em dois vestibulares da UFPa.(Direito e Filosofia) sem fazer cursinho, que era uma "indústria" nascente à época, porque fiz um excelente curso Clássico no Paes de Carvalho. Hoje um aluno de escola pública tem que ralar muito, se quiser entrar em uma universidade, principalmente se esta for pública.
Infelizmente nosso sistema educacional ainda incorpora o elitismo da escola trazida pra cá em 1808, basta ver como o ENEM é boicitado. Enfim, uma coisa( a luta dos professores) está intimamente ligada à outra(direito que os estudantes da escola pública têm a um ensino de qualidade) e não em poloss opostos como você deixa subentendido. É a minha opinião.

Anônimo disse...

É Jorge certas coisas agente pensa não acontecer, porem resta-me o consolo de meu próximo livro ser dos comentários sem depreciativos enviados para blogs que foram ou não publicados deixando para analise dos leitores o fator credibilidade, afinal meus livros são doados e por isto são lidos, agora querer que eu me abstenha de minha opinião somente por não achar que ela traduz o certo que não é conveniente, mostra o tipo de divulgação encontrado nos espaços virtuais, nada contra , afinal cada um sabe o que é conveniente para sua biografia!

Um abraço

Mestre Chico Barão

Anônimo disse...

Em tempo , Edilza publicou !

Na Ilharga disse...

Um abraço meu caro Chico. Disponha sempre do espaço, pois seus comentários sempre são preciosas contribuições.