Regina Duarte, Adriane Galisteu e Gil Brother

De Regina Duarte, "Estou sempre protegida por um maiô(nas cenas de sexo da novela O Astro). Lamento decepcionar as pessoas que ficam me imaginando nua". "Por qué no recuerdan los viejos las deudas ni las quemaduras"? Perguntava Neruda, em clara alusão a tendência da memória de funcionar seletivamente. Semelhante reação, diga-se, a de quem autoengana-se recorrendo a idolatria de certa parte do público tentando convencer-se de que "para mim, o tempo não passa", de resto conversa fiada na medida em que a subida da expectativa de vida não beneficiou apenas globais.

A propósito, quando posou pela primeira vez para a Playboy, Adriane Galisteu vendeu mais de 800 mil exemplares. Agora,na edição que está sendo retirada das bancas, Adriane ficou muito abaixo da metade disso. Parece que o macho brasileiro não arrisca uma ida ao banheiro para "homenagear" uma mulher que passou dos 35 anos, preferindo curtir aquelas gatinhas saradas que aparecem em quadras de escolas de samba ou em comerciais de cerveja, daí ser altamente duvidoso que alguém fique acordado até aquela hora da noite pra ver a Regina Duarte pelada.

Como dizia Gil Brother, no "Hermes e Renato" da MTV, abordando justamente o tema coroas que posam nua, "Não faça isso não, vovó. Seu tempo já passou. Vá cuidar dos netinhos, dos cachorrinhos. Não seja ridícula!" Realmente. Mais patética que a exposição é a fantasia sobre ela. Gil Brother sabe das coisas.