Justiça do DF condena empresas envolvidas no mensalão do DEM
Quinta-feira 8, setembro 2011
A Justiça condenou seis empresas a devolverem aos cofres públicos R$ 240,8 milhões por contratos irregulares firmados sem licitação no esquema que originou o mensalão do DEM.É o maior volume de dinheiro que a Justiça do Distrito Federal mandou devolver neste caso de empresas envolvidas no escândalo que levou à prisão o ex-governador José Roberto Arruda.
As empresas foram condenadas por terem sido contratadas em caráter emergencial pela Codeplan (Companhia de Desenvolvimento do Planalto Central), de forma “absolutamente ilegal”, segundo a Justiça, para prestar serviços de informática.A Codeplan, segundo a investigação da PF, foi o primeiro canal de desvio de dinheiro do mensalão do DEM, que começou ainda no governo de Joaquim Roriz.
A estatal foi comandada no governo Roriz por Durval Barbosa, que passou a colaborar com a Justiça e delatou todo o esquema.Segundo Durval, os contratos da Codeplan foram utilizados para financiar a campanha de deputados e de Arruda, sob o comando do ex-governador, que nega participação no esquema.A sentença foi dada no dia 24 de agosto pela juíza Gislaine Reis, da 4ª Vara de Fazenda Pública, dentro do processo, de 2006, que corre em sigilo. Cabe recurso.
A juíza pede a devolução do dinheiro para a Linknet (R$ 79 milhões), Linkdata (R$ 50 milhões), Prodata (R$ 38 milhões), Conecta (R$ 36 milhões), Poliedro (R$ 35 milhões) e Brasil Telecom (R$ 2,8 milhões).Com exceção da Brasil Telecom, as outras empresas foram citadas por Durval na investigação da PF. Atualmente, o caso do mensalão do DEM está com o Ministério Público Federal.Na sentença, a juíza diz que as empresas não poderiam ser contratadas sem licitação porque não havia emergência. E que os valores dos contratos devem ser integralmente devolvidos.”As empresas rés participam de inúmeras licitações, sendo de conhecimento geral os requisitos para dispensa de licitação”, diz um trecho da sentença.
CONTRATOS
A juíza diz ainda que os contratos não se resumiam a serviços de informática. “É bem de ver-se a desnecessidade de contratação emergencial para a colocação de carpete, gesso, persianas e fornecimento de copos e papel higiênico”.Os R$ 240,8 milhões remetem apenas aos contratos de 2006. São da época desses contratos da Codeplan, por exemplo, os vídeos de Arruda e da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) recebendo dinheiro de Durval.
(Amigos do Brasil)
2 comentários:
Em defesa apresentada ao STF (Supremo Tribunal Federal) no processo do mensalão, o publicitário Marcos Valério de Souza reclama que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi incluído na lista dos envolvidos no esquema.
O documento diz que Marcos Valério é inocente, mas afirma que a denúncia da Procuradoria Geral da República é um "raríssimo caso de versão acusatória de crime em que o operador do intermediário aparece como a pessoa mais importante da narrativa, ficando mandantes e beneficiários em segundo plano, alguns, inclusive, de fora da imputação, embora mencionados na narrativa, como o próprio presidente LULA [em maiúsculo]."
Só se é agora que ele faz essa reclamação, pois, durante todo o desenrolar daquela CPI, jamais fez qualquer menção a Lula.
Aliás, esse negócio de Mensalão assume tantas fisionomias e envolve aleatoriamente tanta gente, principalmente pela mafiomídia tupiniquim, que o melhor seria que viesse logo a julgamento. Mas que viesse junto com o processo do assaltante Eduardo Azeredo. Na verdade, parece que tudo isso é TPLL, ou seja, tensão pré lançamento do livro, do Amaury Jr., que revelará quase toda a saga assaltante da tucanalha no poder. Ridículo!
Postar um comentário