Il Gattopardo global

"Parece óbvio que as leis precisam ser revistas levando-se em conta a internet, para que a Constituição não seja afrontada, como acontece com a vinda de empresas estrangeiras para fazer sites de jornalismo. A Carta é clara ao definir que a atividade de comunicação social deve ser explorada por empresas que tenham, no mínimo, 70% do capital na mão de brasileiros."

Este trecho faz parte do editorial publicado ontem, pelo jornal de extrema-direita O Globo, claramente admitindo a falta de um instrumento legal que regulamente o funcionamento da mídia.

Porém, tudo não passa de armadilha, pois o que é defendido nas entrelinhas é o projeto do assaltante que está deputado, Eduardo Azeredo, visando colocar amarras na internet. Como sempre, emerge perigosamente aquilo que a nobreza italiana defendia no século XIX e tão bem retratado por Lampedusa e posto em prática no Brasil como em nenhum outro lugar do mundo. Operar as mudanças, antes que o povo faça.