Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Simão Lorota, Futrica Barbálhica(Diário do Pará) e outros farsantes não resistem à verdade dos fatos


 A operação de crédito era parte integrante do Programa Emergencial de Financiamento (PEF II) e tinha como objetivo à época compensar as perdas financeiras decorrentes da crise econômica no período de 2008-2009, garantindo minimizar os impactos na arrecadação dos estados brasileiros, principalmente pela redução dos repasses de recursos da União do Fundo de Participação dos Estados – FPE.

 A operação de crédito PEF II se diferencia das demais por não ter um objeto específico, sendo que para esta modalidade financeira os recursos podem ser utilizados para despesas destinadas para fins de capital/investimento em andamento ou a serem iniciadas como: obras, instalações e aquisição de equipamentos médicos, educacionais, entre outros.

 A assinatura da operação de crédito com o BNDES foi realizada no dia 01/07/2010. O valor total do financiamento é de R$ 366.720.000,00, sendo que os recursos foram disponibilizados ao
governo do Estado do Pará no mesmo ano e divididoo em duas parcelas. A primeira parcela de R$ 183.360.000,00 foi recebida em 18/08/2010 e a segunda, no valor de R$ 91.680.000,00 esteve
liberada em 02/12/2010. Nesse período a gestão petista recebeu o valor total de R$ 275.040.000,00, o que representa 75% dos recursos envolvidos na operação de crédito.

 O saldo à disposição do atual governo totaliza R$ 91.680.000,00.

 Esclarecemos que não houve e não há duplicidade de pagamento. A efetiva aplicação dos recursos é facilmente identificada no quadro demonstrativo do relatório apresentado pela Auditoria Geral do
Estado (AGE), com base no Sistema de Administração Financeira dos Estados e Municípios - SIAFEM, precisamente na página 337 do relatório 017/2011. (ANEXO A)3

 No quadro demonstrativo sobre o valor da despesa na fonte de recursos de acordo com o SIAFEM 2010, precisamente no item “valor” pode-se verificar o total de R$ 285.466.866,36, que foram
distribuídos entre os órgãos da administração estadual e aplicados em diversos projetos, tais como: Santa Casa, contrapartida para as obras do PAC, pavimentação de estradas, Navega Pará, distritos
industriais, dentre outros.

 Ao comparar o total recebido do BNDES de R$ 275.040.000,00 e o valor apresentado no quadro demonstrativo mencionando recursos da ordem de R$ 285.466.866,36 verifica-se claramente que o valor encontrado pela auditoria da AGE é superior ao valor repassado pelo BNDES. Portanto, o próprio quadro do relatório da AGE apresenta a utilização dos recursos recebidos pela operação de crédito do PEF II.

 Os valores identificados pela AGE como supostamente decorrentes de sobreposição de notas fiscais que totalizam R$ 76.945.888,16, estão comprovados no item FDE-Fundo de Desenvolvimento do Estado, mais precisamente no quadro demonstrativo da página 337, onde trata-se da destinação de recursos da ordem de R$ 68.984.289,60 distribuídos aos municípios e a emendas parlamentares, sendo que a somatória dos valores de R$ 68.984.289,60 e R$ 10.598.163,39 totalizam R$ 79.582.452,99, por meio do qual 81 municípios foram contemplados.

 Há também valores divergentes em relatórios da SEPOF referente ao mês de fevereiro/2011, protocolado no BNDES no dia 09/06/2011, denominado como “Levantamento de informações sobre Operação de Crédito junto ao BNDES R$ 366.040.000,00”, demonstrado na página 89 (ANEXO B). O documento baseado em informações do SIAFEM revela valor encontrado na ordem de
R$ 309.581.654,35, ou seja, bem acima dos valores apresentados pela AGE e do
montante recebido do BNDES.

 O relatório da AGE, na página 324 (ANEXO C), também apresenta quadro com outros dados levantados pela SEPOF referente ao FDEConvênios e Emendas, onde percebe-se um novo valor:
R$ 85.454.952,99, sendo esse valor é diferente dos que foram encontrados pela AGE. Percebe-se então, que os relatórios oficiais do governo do estado 017/AGE e 020/AGE e o “Levantamento de
informações sobre Operação de Crédito junto ao BNDES de R$ 366.040.000,00” apresentados pela SEPOF, possuem claras divergências quanto aos valores e à aplicação dos recursos decorrentes da operação de crédito PEF II. Contudo, os números que constam nos documentos revelam que os recursos recebidos foram devidamente aplicados.

 Os relatórios da AGE acusam o governo anterior de ter desviado recursos da ordem de R$ 76 milhões, no entanto, não comprovam essa destinação com as Ordens Bancárias (OB) dos pagamentos,
pois, para cada pagamento é obrigatório constar no SIAFEM uma Nota Fiscal vinculada a uma única Ordem Bancária.

 A criação e utilização de contas e fontes citada como irregulares no relatório da AGE, vimos esclarecer que o Tribunal de Contas do Estado(TCE) já se manifestou no RELATÓRIO DAS CONTAS ANUAIS DO GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ, emitido pelo TCE em maio de 2011, bem como, foram utilizadas de acordo com as normas do BNDES, presentes na Carta AS/DEGEP nº 202/2010.

 Esclarecemos ainda que, o governador Simão Jatene não disponibilizou até o momento aos deputados as senhas de acesso ao SIAFEM, o que dificulta aos parlamentares o processo de
investigação e fiscalização das ações governamentais. É estranho a atitude do governador que segue na contramão do discurso de transparência. Diferentemente do praticado pela ex-governadora Ana Júlia, que permitiu aos deputados terem acesso ao sistema.

 É importante destacar que as informações apresentadas são oriundas dos relatórios que o governador Simão Jatene apresentou à Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) em agosto deste ano e ao BNDES em junho.

 Portanto, só nos resta concluir que o Governador Simão Jatene quis confundir, mesmo enganar, a população, apresentando a cada momento, dependendo da Insstituição, uma informação diferente.
Qual é o real objetivo desse factóide criado pelo próprio governador? Será que quer esconder a reprovação de seu governo em recente pesquisa? Será que quer confundir a população para a ausência de ações de seu governo?

 O PT não admite o uso eleitoral desse episódio para tentar prejudicar a imagem da ex-governadora e a imagem do Partido dos Trabalhadores. Os interesses do povo, do estado do Pará devem prevalecer aos interesses políticos, mesmo contra os oportunistas cujos objetivos são infelizmente, meramente eleitorais.

 Por fim, colocamos-nos à inteira disposição para os devidos esclarecimentos.

Belém, 18 de agosto de 2011

João Batista
Presidente do PT

Deputados Estaduais:

Carlos Bordalo
Líder da Bancada do PT

Airton Faleiro
Bernadete Ten Caten
Chico da Pesca
Edilson Moura
Milton Zimmer
Valdir Ganzer
Zé Maria

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