Nota da Bancada em defesa do Governo do PT
A Bancada dos Deputados Estaduais do Partido dos Trabalhadores na ALEPA vem a público esclarecer que as notícias veiculadas nesta terça-feira, (09), nos veículos de comunicação privados e na Agência Pará (site do governo) estão muito longe de espelhar a verdade ou apuração correta de informações.
Para relembrar o que efetivamente ocorreu e repor a verdade que está faltando ao noticiário e ao governo do Estado, lembramos que:
1. O documento do BNDES enviado em Junho de 2011, ao atual governo do Pará não afirma que a prestação de contas está errada. No 2º parágrafo o documento reitera: "Ainda que os gastos apresentados sejam despesas de capital e estejam de acordo com as normas e procedimentos do BNDES, não será possível aceitarmos a aprovação em virtude da sua inadequação a lei autorizativa". Conforme mostra o documento em anexo.
2. Ou seja, o BNDES não diz que é irregular a prestação de contas, ao contrário, afirma que é de acordo com normas e procedimentos. O que não está de acordo é a Lei autorizativa que nas entrelinhas BNDES diz que é irregular.
3. Bom, agora que estamos nivelando as informações com a verdade dos fatos, devemos contextualizar e dizer boa parte dos deputados e deputadas, que hoje são da base aliada do governo do Pará e que foram, em 2010, oposição à gestão petista, sem nenhum respeito ao povo do Pará e aos prefeitos, primeiro procrastinaram a aprovação do empréstimo de R$ 366 milhões ao governo do Estado do Pará, o qual foi à alternativa apontada pelo governo federal, através do BNDES, a fim de ajudar a amenizar as perdas de mais R$ 400 milhões que o Pará teve com o déficit ocasionado pela crise econômica mundial de 2008.
4. Com o atraso proposital da autorização para o empréstimo junto ao BNDES, o governo então ficou refém de tê-lo aprovado na Assembleia Legislativa do Pará (ALEPA), no final do 1º semestre de 2010. Como o projeto de lei foi enviado ainda 2009, passou esse tempo todo sofrendo mudanças que visavam apenas prejudicar a aplicação regionalizada e justa dos recursos e para tanto, os deputados da oposição à época criaram diversos mecanismo para prejudicá-la.
5. Como se sabe e foi noticiado à época, o empréstimo tinha a clara função de dar continuidade às obras paralisadas por conta da crise mundial e não para custeio. Mas a lei 7424/2010 aprovada na ALEPA feriu essa finalidade e foi aprovada cheia de condicionantes ilegais. Uma lei toda cheia de retalhos e ilegal, podemos assim afirmar, foi o que alguns deputados produziram e aprovaram.
6. O governo do PT, que teve à frente uma ex-senadora da República, tendo sido também, ex-vereadora e vice-prefeita de Belém, sabia que enfrentava uma oposição disposta a tudo para tirar-lhe o poder que o povo lhe garantiu e Ana Júlia, orientada pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), vetou as partes que tornavam a versão da lei maquiavelicamente devolvida pela ALEPA, de forma ilegal.
7. Na ALEPA, os parlamentares da oposição ao governo do PT e que hoje são a base aliada do atual governo, derrubaram o veto, mantendo a ilegalidade da lei, contaminando-a, portanto, como reconheceu este ano, um deputado da base do governo, na tribuna da ALEPA, que a guerra eleitoral contaminou a aprovação da lei e tornou-a cheia de vícios, como de fato aconteceu.
8. O governo do Estado então entrou na Justiça com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade da Lei, questionando os pontos que a tornavam ilegal, até por saber que todos os empréstimos do BNDES têm rigor na concessão e que o empréstimo que ficou conhecido como 366, embora fosse para restituir as perdas do Pará com a crise de 2008, passaria por todos os rigores de qualquer empréstimo tomado junto ao BNDES.
9. Como a origem da lei é um erro, há de se considerar possível que haja contradições, entre o planejado e o executado, mas as obras e ações para as quais os recursos estavam destinados foram todos aplicados inalteradamente corretamente, sem nenhuma irregularidade, assim como poderiam ser facilmente corrigidos todos os percalços, caso houvesse boa fé da gestão tucana, mas não é isso que o governador e sua equipe propagandeiam, haja vista que existem prazos para correções e ajustes.
10. Frisamos que o problema é na origem do erro, os quais o veneno continua fazendo efeito, agora, naqueles que o injetaram na máquina pública. Como somos responsáveis com o uso do dinheiro público e sua devida aplicação na melhoria da qualidade de vida da maioria da população, esperamos que sejam finalmente feitas as correções desta lei absurda, pois quando aprovada pela oposição do governo Ana Júlia, servia apenas para atravancar os investimentos previstos pelo governo popular e democrático, prejudicando o principal público beneficiário da ação do Estado para com a sociedade.
11. A falta de responsabilidade com o povo paraense adiou a continuidade de obras fundamentais como a pavimentação de diversas estradas, a conclusão das obras do Hospital da Santa Casa, o Novo Hospital de Urgência e Emergência em Ipixuna do Pará, a recuperação de várias rodovias estaduais, o tão aguardado Centro de Convenções de Santarém, entre tantas outras obras que foram boicotadas pela oposição, hoje base aliada de Jatene. Se fossem responsáveis, ajudariam a melhorar a vida de milhões de paraenses com a aprovação do “366” no tempo certo e sem ilegalidades, como agora estão sendo questionadas pelo BNDES e que nossa gestão quis evitar, o tempo todo.
12. Portanto, o atual governo do Pará e sua base aliada, precisam consertar urgentemente o erro que cometeram em 2010, aprovando uma lei ilegal, que como sabíamos, seria um dia ou outro, desmascarada e derrubada, como está sendo. Mas como a covardia e a falta de humildade do PSDB e demais aliados do governo do Estado não lhes permitem assumir que tiveram responsabilidade com o ônus trazido agora à tona, ao invés de levantar impropérios, deveriam é consertar seus erros do passado e desmontar o palanque eleitoral contra o Partido dos Trabalhadores e trabalhar.
13. O PT não aceitará repartir esse ônus como se tivesse sancionado uma lei ilegal sem os devidos vetos. Também não aceitamos que a gestão do PT, da companheira Ana Júlia seja criticada como se tivesse errado ou cometido alguma irregularidade, não sem as devidas condições de defesa e arguição do contraditório, como esperamos ter dos mesmos veículos de comunicação que se propuseram noticiar os alardes e argumentos do atual governo contra nossa gestão e legenda.
14. Em relação às notas ficais que estariam em duplicidade, nossos técnicos e ex-secretários necessitam de ter acesso a todos os documentos, e não apenas ao Relatório da AGE que é parcial, para poderem assim ser feita a analise e as devidas respostas que será feitas.
15. O que nos parece é que o governo do PSDB tenta criar factoides para esconder a grande índice de desaprovação, segundo recente pesquisa divulgada na imprensa, utilizando-se dos mais baixos recursos retóricos e acusações sobre questões inconclusas, e que alguns parlamentares estaduais e até federais, aproveitam-se para desviar a atenção do povo sobre evidentes desvios dos recursos públicos envolvendo pessoas próximas ao governador, como hoje podemos constatar, como a máfia que está sendo desvendada na ALEPA.
16. Por fim, reafirmamos nossa confiança na seriedade dos técnicos e ex-secretários de Estado e em nossa ex-governadora Ana Júlia tanto em relação à lisura dos procedimentos, quanto à correta aplicação dos recursos públicos.
Bancada do PT na ALEPA.
8 comentários:
Toda essa argumentação aqui exposta teria mais credibilidade se o defensor injuriado da ilegalidade cometida por ana júlia desse resposta a três questionamentos básicos?
1. que diabo de democracia é esta defendida pelo PT em que a lei só é plausível quando afaga o poder executivo? se não agrada, não vale, embora tenha sido aprovada e promulgada pelo rito deocrático e legal?
2. As 16 notas usadas em duplicidade, em franca demonstração de falcatrua, são 16, não umazinha, e estão disponíveis para quem quiser ver. Elas revelam que a governadora tentou justificar despesas diferentes, tentou prestar contas de diferentes fontes de recursos com o mesmo documento. Se isso não é fraude, é o quê? Tolice?
3. O canino defensor de Ana Julia deve também explicar, se preza a verdade, por que em 25 de fevereiro de 2011 a patota do empréstimo enviou expediente como se ainda fosse governo, dois meses depois de ter sido defenestrada pela vontade do povo. Nao seria crime assinar documento oficial se apresentando como governo dois meses depois de ter saído do trono?
Devagar com o andor porque sua argumentação tem pés de barro.
Em primeiro lugar, não há rito que garanta a saúde de uma lei quando esta contém vícios de origem e isso é cristalino pela manifestação do BNDES, bem como pela pressa do atual governo em desfazer a cagada que sua bancada, com a "assessoria" de Helder Barbalho, fez àquela altura como oposição.
Aonde estão essas notas? Se o agressivo "felino" missivista sabe deveria divulgar, já que nem AGE nem Zenaldo Jr. até agora o fizeram, daí tudo continuar no terreno do barbalhismo, isto é, sensacionalismo.
Não quero crer que o "felino" tenha se transformado em "equino", muito menos que você ignore ser o poder em nosso regime exercido de forma impessoal, daí a necessidade dos agentes públicos de então ter que explicar o que fizeram a qualquer tempo, quando instados pelos poderes constituídos, aliás, como no presente momento, portanto, não há crime algum.
Quanto à vontade do povo, vida que segue. Felizmente, ela manifesta-se em vários momentos ocasiões da política, como agora vem fazendo com indisfarçável ar de arrependimento. Porém, penso que ela sempre tem sentido na medida em que esse arrependimento manifesto com a escolha de 2010 muito se dá em função da nossa incapacidade de clarear a conjuntura do momento.
A QUADRILHA AUMENTA!
As algemas devem ser colocadas (novamente) no SENADOR PUNGUISTA FLEXA RIBEIRO.
É muita safadeza. VEJA SÓ:
DECRETO
O GOVERNADOR DO ESTADO RESOLVE:
nomear, de acordo com o art. 6º, inciso II, da Lei nº. 5.810, de
24 de janeiro de 1994, combinado com a Lei nº. 7.543, de 20 de
julho de 2011, FERNANDO DE SOUZA FLEXA RIBEIRO FILHO para
exercer o cargo em comissão de Assessor Especial III, com lotação
na Governadoria do Estado, a contar de 1º de agosto de 2011.
PALÁCIO DO GOVERNO, 10 DE AGOSTO DE 2011.
SIMÃO JATENE
Governador do Estado
Este é modus jatenhe-psdb de desgovernar, alias o povo já está percbendo que este governo alémd corrupto é só jate nhê nhê nhê.
Jorge não fala em "vício de origem" ao Paulo Sílber, pois ele não pode ouvir falar em vício. Sílber, procura uma clínica e vai te tratar, pois do governo atual já foste defenestrado. Não adianta fazer média, pois eles já decretaram tua sorte. Segue o exemplo da Vera Fischer...
O Paulo Silber é suspeito para falar. É ou era (não para em lugar nenhum) diretor de imprensa do governo tucano.
É uma pena que os comentários sejam anônimos. Prefiro duelar com quem tem orgulho do próprio nome. A covardia é pior do que o vício, pois é desvio de caráter, não doença. Além de assinar o que escrevo (e tem muita gente jurando que faço isso muito bem), trato das minhas limitações publicamente - ou eu seria tão covarde quanto quem se esconde no anonimato.
Assim fica difícil. Não sei nem que pronome usar para me dirigir a ele (ela?).
Voltando ao caboclo que tem a dignidade de assinar: meu caro, com todo o respeito, meu questionamento não foi esclarecido pela sua resposta, mas que o debate é bom, é.
As notas, como você deve ter lido no noticiário, estão no Ministério Público, cópias foram enviadas ao Tribunal de Justiça e há também volume na Procuradoria Geral do Estado. Qualquer cidadão, querendo, pode acessá-las.
Antes que me esqueça e para repor a rasura do covardão que tem vergonha do próprio nome: continuo sim no governo. Seria hipocirsia não deixar claro. Você é bobo, assim desde criacinha, ou se aperfeiçoou com o tempo, coleguinha?
Voltando ao que interessa. Explicar ou prestar conta a qualquer tempo é mais do que lícito. É obrigatório. Mas não se pode é assinar como governo quando já se perdeu essa condição - e foi isso que aconteceu. É como se eu me arvorasse a assinar o seu cheque.
Isso é grave e deve ser alvo de reflexão, senão de processo.
Quanto à lei e os vícios, deve-se tomar cuidado. Lei é lei. Vamos cumpri-la ou questioná-la e até derrubá-la, nos devidos foros.
Ignorá-la, porém, apenas porque não concordamos com ela, nos torna bárbaros. Atropelá-la nos faz criminosos.
Abraços. Paulo Silber
Pelo que li, até agora as notas não sairam da AGE. Até o próprio Zenaldo Jr. reconheceu isso.
Não considero grave como você por um simples motivo: aquele que assina um documento, faz reportando-e a fato passado e jamais a algo que tenha ocorrido quando sua responsabilidade tenha cessado. Como é público e notório que houve uma transição de um gestor para outro, a existência de fato dessa natureza não é nada de estapafúrdio.
Lei é lei, sim. Aquilo que foi aprovado foi deboche vetado, veto derrubado e esta decisão questionada na justiça. O que reforça a procedência do veto é a postura do BNDES em solicitar que a dita lei seja modificada, por isso o que nos torna bárbaros é o atropelo das normas vigentes(e civilizadas) para fazer triunfar "vontades divinas" contrariadas. Não dá!
Um grande abraço
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