O novo ministro havia assumido provisoriamente o comando dos Transportes no dia 8 de julho, quando o senador Alfredo Nascimento (AM) pedira demissão por suspeitas de que participava de um esquema de desvio de verba pública no ministério em favor do partido dele, o PR.
Passos também pertence ao PR. Ele é servidor público de carreira e tinha se filiado durante a gestão de Nascimento, ainda no governo Lula, para melhorar o trânsito junto a deputados e senadores do partido.
O secretário-executivo era a opção preferencial de Dilma para o cargo desde a demissão de Nascimento. A presidenta vê em Passos alguém com perfil mais técnico e menos sujeito a influências de militantes do PR, o que seria desejável para melhorar a execução de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Ao mesmo tempo, Dilma pode dizer que, com Passos, o ministério dos Transportes continua na cota do PR, já que o novo ministro é filiado ao partido. Esta era a principal preocupação da presidenta: fazer a sucessão de Nascimento sem brigar com o PR e perder o apoio de deputados e senadores do partido em votações no Congresso.
O PR gostaria, no entanto, de ver um perfil oposto ao de Passos no cargo que controla desde 2003. Alguém com quem parlamentares do partido se sentissem mais à vontade para procurar quanto tivessem algum tipo de reivindicação para fazer, por exemplo.
A efetivação de Paulo Sérgio Passos deve ser publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (12/07).
(Carta Maior)
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