Sarney fez um "túnel do tempo" no Senado onde são expostos fatos marcantes da política nacional, mas oculta o impeachment de Collor porque não considera fato , mas acidente. Por esse raciocínio torpe, poder-se-ia concluir que os portugueses já detinham a propriedade do "imenso Portugal" mesmo antes do acidente de aqui aportar.
Sarney é aquele a quem Lula emprestou sua popularidade para salvá-lo da ira da oposição, no caso dos atos secretos; depois, Lula impôs ao PT do Maranhão neutralidade para não atrapalhar a golpista Roseana Sarney e contrariar o chefe do clã.
Agora, Sarney descarta o impeachment como fato relevante de nossa história e junta-se a Collor para evitar a divulgação de documentos fundamentais para conhecimento da nossa história recente, porém, enfrenta as traças da paixão de uma nação sedenta de saber as torpezas daquele período vergonhoso do qual Sarney foi estrela, Collor rebento e muitos dos revoltosos vítimas.
Essa rebeldia já contaminou grande parte dos parlamentares e fez com que líderaranças do Congresso promovessem a rebeldia. O presidente da Câmara, deputado Marco Maia, já disse que é a favor da abertura desses documentos e essa posição vai de norte a sul, ou seja, da situação à oposição.
Depois de tantos mimos, em algum momento o governo terá que posicionar-se em lado oposto de Sarney na medida em que suas trajetórias foram construidas em caminhos paralelos. Se ceder, mais uma vez, o governo corre o risco de descaracterizar-se para sempre, pois o fortalecimento crescente do coronel maranhense fortalece o PMDB e sua agenda fisiológica. Se enfrentá-lo, correrá o risco do boicote. No entanto, esse já existe e é operado por pemedebistas, inclusive próximos a Sarney. Parece que chegou finalmente o tão esperado momento da nação brasileira ver até que ponto vai o poder de fogo da direita brasileira com o desnudamento daquela fração que sempre esteve no governo, qualquer governo.
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