Marina Silva e o PV

Parece que a relação de Marina com seu atual partido chegou naquele estágio em que o ronco virou crime inafiançável e motivo de sobra pra pular fora da relação afetiva. Marina sabe que ninguém obtém maioria partidária por decreto. Ou tem ou não tem, e, no caso de não ter, quando há boa vontade isso é arranjado com a diplomática "Presidência de Honra".
Caso saia do PV, a ex-ministra irá para o seu terceiro partido diluindo ainda mais seu perfil e dificultando bastante que a sociedade identifique seu papel, principalmente depois da campanha de 2010, quando defendeu bandeiras típicas do conservadorismo brasileiro, confundindo-se com candidatos mais à direita e francamente oposicionistas ao governo petista. Uma pena, pois até aqui foi vista como uma liderança de renome internacional por sua defesa de bandeiras caras à preservação do meio ambiente, principalmente em nossa região.
Aproximando-se do conservadorismo tupiniquim terá que recorrer à ambiguidade para não contrariar os neo aliados, afinal, a essencia da direita brasileira é justamente o movimento ruralista, que festeja a aprovação do Código Florestal da forma como foi, de resto, nefasto aos interesses do conjunto da sociedade brasileira. Sai dessa, Marina!