Inocência e história

Amanhã, após um século de existência, o Senado Federal cria sua Ouvidoria e proporciona a um paraense entrar para a história daquela Casa como o primeiro ocupante do cargo que, pelo menos em tese, é para encaminhar os reclamos feitos pela sociedade contra eventuais maus usos de mandatos.

Trata-se do agora inocente senador Fernando Flexa Ribeiro que, mesmo aparentando evidentes sintomas de surdez ética, estará no posto justamente no momento em que pode chegar alguma denúncia de quebra de decoro parlamentar contra seu conterrâneo Mário Couto, uma espécie de Raimundo Flamel rapace, pois transformava tapioca em dinheiro. Evidentemente a tal representação, se chegar, não será de autoria da igualmente nefelibata ética Marinor Brito na medida em que esta e seu grupo vivem um momento de paz e amor com o tucanato. Aqui e alhures.