Segundo estudo produzido pelo IPEA, nos últimos anos existe um movimento migratório de retorno de nordestinos à sua região de origem, abandonando o Sudeste. Inversamente a esse movimento de massas, há uma revoada de antigos coroneis nordestinos desalojados pelo eleitor de seus tronos em busca de sinecuras em São Paulo, onde os tucanos os acolhem e mandam a conta aos contribuintes. Entre outros Roberto Freire, Raul Jungmann e Marco Maciel, embora este tenha desistido temporariamente por conta da repercussão negativa.
Isto revela uma outra mazela que estamos superando, mas que ainda persiste em nos atormentar a partir da resistência das elites contra políticas públicas que visem reduzir esse imenso quadro de desigualdades, cujo emblema atual é a recusa de parte dos moradores do chic bairro paulistano de Higienópolis(não por acaso, aonde reside FHC) da construção em seu território de uma estação do metrô, pois isto traria ao bairro a desagradável circulação de "gente diferenciada"(termo tucanês que D. Florinda, mãe do Kiko, chamaria de "gentalha").
Ou seja, durante séculos essas elites apropriaram-se do dinheiro público concentrando-o em investimentos que apenas os benefiavam. Agora que temos um governo que pulverizou esses recursos, proporcionando a ascensão social de 50 milhões de brasileiros, emburradas, essas elites optam pelo gueto sofisticado, em protesto contra a dignificação de tanta gente. Certamente, ainda alimentam o sonho do retorno sebastianista do mais emérito morador daquele bairro, trazendo embaixo do braço seu projeto de um país para apenas 30 milhões de brasileiros. Credo!
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