Os dados da recente pesquisa da Fundação Getúlio Vargas sobre a diminuição da desigualdade de renda no País demonstram, de forma contundente, como os programas sociais e de crescimento econômico do Governo Federal se tornaram fatores decisivos para acelerar o inédito desenvolvimento atual do Nordeste.
Foi na Região que a pesquisa detectou a maior elevação de renda das camadas mais pobres, na primeira década deste século. Além dos avanços na educação, maciços investimentos em infraestrutura e grandes projetos industriais abarcados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) também contribuíram em grande escala para o novo perfil socioeconômico do Nordeste.
Na verdade, o PAC mudou o paradigma de crescimento do País, ao destinar, em sua primeira fase, 25% dos seus investimentos para o Nordeste. Um processo indutor de desenvolvimento dessa magnitude não poderia deixar de produzir efeitos à primeira vista surpreendentes como o retorno de nordestinos que antes tentavam a sorte no Sul/Sudeste, e, até mesmo, a atração que o Nordeste exerce hoje sobre mão de obra altamente qualificada de outras regiões do País.
Ao registrarmos estes dados incontestáveis não podemos nos furtar a fazer alguns lembretes sobre cuidados e ações imprescindíveis nessa jornada redentora. A primeira e mais importante observação é que o Nordeste precisa crescer de forma integrada, com empreendimentos que criem uma cadeia produtiva local, gerando renda e riqueza para a região.
Isso significa não insistir em velhas práticas que se mostraram infrutíferas e danosas, como a de conceder incentivos e crédito barato a indústrias isoladas e não por setor produtivo, o que, geralmente, impossibilita a formação de cadeias produtivas capazes de reter na região a riqueza produzida.
Outra prioridade é a intensificação dos avanços na educação e na formação e capacitação de obra, prioritárias para assegurar aos novos e antigos empreendimentos um padrão internacional de qualidade e competitividade. Da mesma forma, investimento em tecnologia é fator-chave para o desenvolvimento em bases sustentáveis.
Nunca é demais repetir que a competência é a linguagem universal nesse nosso mundo multipolarizado, no qual o mapa geopolítico sofre mudanças drásticas, com a emergência de novas potências econômicas.
Estamos mais próximos da Europa e dos Estados Unidos do que o Sul do País e esta é uma enorme vantagem comparativa que precisamos aproveitar, com base em estudos e pesquisas criteriosas. As oportunidades estão aí. O Sistema Petrobras vem dando uma importante contribuição para essa mudança de paradigmas, com a construção de novas refinarias, gasodutos e a implantação de uma indústria naval moderna e mundialmente competitiva.
Com políticas que contemplem ações estratégicas e planejamento integrado, o Nordeste, resolverá seus problemas históricos e passará a dar importante contribuição para o desenvolvimento do País.
*Sergio Machado é Presidente da Transpetro.
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