Futricas agnellicobarbálhicas

Quem quiser ter conhecimento do que está por trás da campanha que os vassalos da Rede Barbálhica de Aleivosias(RBA) movem contra o prefeito Darci Lermen, dando eco aos arroubos imperiais do quase ex-presidente da vale, Roger Agnelli, deve ir correndo ler o admirável trabalho investigativo do repórter Hiroshi Bogéa, em seu blog, sob o título "Na nau dos desesperados, o salto do mastro".
Bogéa disseca o evoluir dos fatos que levaram Agnelli a tomar iniciativas pouco éticas e baseadas no poderio econômico da empresa que dirigia, para tentar desqualificar o prefeito de Parauapebas, fatos esses que vão desde o questionamento do que a empresa paga, a título de royalties aos municípios mineradores, até a cobrança de uma dívida antiga que a mineradora arrogantemente não reconhece, mas que a levou ao cadastro do Cadin, o Serasa das empresas.
Agnelli, como de costume, expõe seus milhões de motivos e o PIG(Partido da Imprensa Golpista) sensibiliza-se com seus argumentos. No caso presente, quando até enviou uma carta à presidenta Dilma, com denúncias vagas a respeito de uma suposta má aplicação, por parte do prefeito, de mais de R$700 milhões que a Vale teria repassado à prefeitura, quem deu eco à manobra foi a revista global Época.
Aqui, já sentindo-se também global, depois da malsinada compra da Tv Tapajós, o estardalhaço foi feito pela mídia barbálhica. E, não por acaso, carregado no tom sensacionalista com o intuito de desviar o foco do escândalo da Assembléia Legislativa que, a partir de 5ª feira, estará sob fogo ainda mais cerrado, assim que chegar a Comissão Externa da Câmara Federal para averiguar se o INSS e a Receita Federal também estão entre as vítimas daquela ladroagem.
Já é do conhecimento da opinião pública que Roger Agnelli começou a cair em desgraça quando, montado num lucro de R$30 bilhões, mandou embora dois mil empregados da Vale. Naquele momento, Lula tentava tranquilizar o país passando a mensagem de que aquela crise, que se afigurava para grande parte dos paises como a maior desde 1929, não seria tão sentida pelo Brasil. Essas demissões iam na contramão do discurso de Lula. Aliás, como de resto, todo o comportamento de Roger sempre esteve na contramão do que o Brasil experimentou nesses oito anos, daí a sensação de que já vai tarde.
É mais um entulho neoliberal removido, ficando apenas o triste exemplo dos efeitos da privataria tucana, anunciada como estratégia que poria fim ao estado autárquico criado pelo getulismo, mas, que, na prática, apenas reforçou o sentimento patrimonialista das elites tupiniquins sobre nossas riquezas, conforme tão bem expôs mestre Raymundo Faoro.