A instalação dessa CPI pode antecipar o fim da lua de mel política entre o governador e Jader Barbalho. Assim, Simão antecipa-se a golpe que o dono do PMDB paraense fatalmente lhe dará, a quando da disputa da prefeitura da capital, ano que vem. E de quebra ainda pode atrapalhar os planos de volta ao Senado de Barbalhão, desde que seja encontrado algum vestígio de que ele tenha se beneficiado pelo "festival juvenil" com dinheiro público.
E a decisão tucana ainda pode reforçar o protagonismo de Edmilson, primeiro subscritor do requerimento e provável candidato à PMB, criando dificuldades ao Partido dos Trabalhadores nessa próxima disputa na medida em que é o partido que mais perde com a ascensão de Ed, dada a identificação e simpatia que este goza junto a uma boa parte da militância petista.
Não se sabe se isto explica a inexpicável docilidade sinteppiana com Simão, até aqui demonstrada, mas deixa evidente que faz todo sentido o pesar e medir das consequências advindas do episódio, revelando-se uma característica até aqui desconhecida da troupe psolista: o pragmatismo. Afinal, como são acordos feitos sob os panos, sempre haverá um furibundo militante pra tentar fazer crer que Marinor e Edmilson não fazem esse tipo de acordo com a burguesia. Humhum, pois sim.
2 comentários:
ah Jorge, nunca mais duvide dos tipos de acordo que os camaradas do PSOL são capazes, nunca mais...
Nas bocas pequenas, ouve-se muito sussurros e tem gente que acredita que o possa apoiar o Deputado Edmilson, nunca fui fã, e nem credito o seu tempo de prefeito como administração "petista", para mim nunca foi e nunca será, mas com os prováveis nomes do PT, que seja Edmilson então!
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