Pelo que posta em seu blog, Zé Carlos diverge de sua companheira de partido, Marina Silva, a respeito da proposta de incluir na reforma política a permissão de candidaturas avulsas nos próximos pleitos eleitorais. De antemão ressalto que considero essa divergência saudável, desde que siga essa trilha: debate respeitoso, transparente e civilizado.
Da minha parte, acho que o Zé Carlos está correto na medida em que a tradição brasileira nos mostra que duas mazelas sempre assombraram nossas escolhas, por sinal, todas duas nefastas ao que deveria ser a livre manifestação do eleitor. Falo da idolatria e do poder econômico, fatores que muito contribuem para a despolitização do processo e o enfraquecimento dos partidos, não por acaso mais de 70% dos eleitores não recordam em quem votaram nas últimas eleições; e ainda convivemos com um grande número de coronéis da política, detentores de mandatos há décadas e sócios do poder, independentemente de quem o exerça.
Nesse sentido, mais do que respeitar a livre manifestação cidadã, penso que a candidatura avulsa contribuirá bastante para o surgimento do nada de "salvadores da pátria". Pior ainda se não chegarmos à consolidação do financiamento público das campanhas, pois aí veremos consolidado o triunfo dos "fantasmas" anteriormente citados: poder econômico e idolatria.
2 comentários:
respeito e civilidade, é? Palavras estranhas a você e ao seu blog. Não me venha com chorumelas.
Respeito e civilidade, sim. Mas só para seres humanos merecedores. Para salafrários que bostejam protegidos por anonimato delinquente, o tratamento é duro e implacável. Queixas, dirija-se a trapezistas escrotais e a comunicólogos cesupianos.
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