Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Ainda, a respeito dos números da educação.

Alguém comentou post anterior sobre este assunto acusando-me de contentamento com migalhas. Aqui vão mais algumas dessas "migalhas" que me contentam, reveladas ontem pelo ministro Haddad e publicadas pelo Paulo Henrique Amorim, de onde extraí os dados.

1)Orçamento do Ministério da Educação:


2002, R$ 29 bi; 2011, R$ 70 bi.


2)Desempenho no PISA (o ENEM internacional): Luxemburgo, Chile e Brasil foram os países que mais evoluíram.


3)Rede publica federal ganha da escola privada nos exames do PISA, nas três categorias: Leitura, Matemática e Ciências.


4)Prova Brasil (a cada dois anos, para alunos da 4ª. à 8ª. série):


Alunos em 2005 – 3,3 milhões; em 2009, 4,5 milhões


5)ENEM – exame nacional do ensino médio (que o Padim Pade Cerra boicotou)


2002 – 1,9 milhão de alunos


2010 – 4,6 milhões, (com o boicote do maior estado da Federação)


6)Matriculas em educação profissional e tecnologia:


2002 – 565 mil


2010 – 1,1 milhão


7)Unidades de ensino profissional


Janeiro de 2003 – 140


2012 – 435


8)Municípios com ensino profissional:


2003 – 118 municípios


2012 – 388 municipios


9)Escolas profissionais criadas ou federalizadas por presidentes:


Lula – 214 contra 140 de todos os outros presidentes


FHC/Cerra/Paulo Renato – 11


Vargas – 15


Jango – 8


Geisel – o quindim de Iaiá de historialistas brasileiros: 1


10)Matriculas em mestrado e doutorado:


2003 – no Governo do Grão-Sociólogo, 638 mil


2009 – no Governo do metalúrgico, 1 milhão


11)Numero de matriculas em universidades federais:


2003 – 596 mil


2009 – 850 mil


12)Vagas de graduação nas universidades federais:


2003 – 109 mil


2009 – 243 mil


13)Numero de universidades:


2003 – 45


2009 – 59


14)Campus e unidades criadas (não chegam a formar universidades)


2003 – 148


2010 – 274


15)Criação de universidades federais:


FHC – 6 (Geisel, 1; Jango 2; JK 11)


Lula – 14


16)ProUni


De 2005, 2º. Semestre, a 2010, 749 mil bolsas, sendo 47% de afro-descendentes, 69% bolsas integrais e 89% cursos presenciais


No fim de 2010 havia 410 mil alunos que utilizavam o ProUni


17)FIES


Juros caíram de 9% para 3,4% a.a.; financiamento de 100% das mensalidades; dilatação do prazo de pagamento para o triplo do tempo


2003 – 51 mil contratos


2010 – 426 mil


18)Países que mais evoluíram na publicacão de artigos em revistas cientificas:


China, Brasil, Turquia e Índia, na ordem.

6 comentários:

Anônimo disse...

Caro Blogger
Por favor faça uma matéria sobre a denuncia do Sindicato dos bancários, reproduzida abaixo.
Clima no banco é de medo, atitude da direção do banco e do governo é do tempo da ditadura:

Direção do Banpará instala o terror e persegue funcionários por motivos políticos
Qui, 14 de Abril de 2011 11:45 Banpará
Está lançada a temporada do terror no Banpará. Sem outra motivação, que não seja a mais abominável perseguição política, a direção da empresa determinou que todos os funcionários que foram cedidos ao Governo da bancária Ana Júlia Carepa fossem destituídos da função e transferidos para as agências, de preferência uma agência bem distante de sua residência.

Segundo relatos de bancários que não querem se identificar (por óbvio temor de represálias por parte da direção da empresa), a determinação da perseguição teria partido diretamente do Palácio dos Despachos, do Gabinete do Governador Simão Jatene. Seja de onde partiu a ordem, não restam dúvidas de que a diretoria do Banpará deve uma explicação aos seus mais de mil funcionários.

A presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim, e a diretora de saúde, Érica Fabíola, estão buscando contato com a diretoria do Banco na tentativa de reverter essa decisão, que se constituiria em um precedente perigosíssimo para a empresa, visto que todos os atingidos por essa inaceitável retaliação política são funcionários antigos, com excelentes serviços prestados ao banco e que disponibilizaram seus nomes para participar do Governo no intuito de servir ao povo do Pará.

Convém lembrar que o próprio presidente do Banco, Augusto Costa, que atuou como diretor do Banpará no primeiro governo do tucano Simão Jatene, foi nomeado diretor da CAFBEP no Governo Ana Júlia, mantendo assim seu padrão de vida e contribuindo com sua experiência profissional para a consolidação do BANPARÁ, sem revanchismos que caracterizam os ditadores. Esperamos que seu próprio exemplo sirva para que reconheça o erro e volte atrás.

ESSE PODE SER APENAS O PRIMEIRO PASSO

O Sindicato posiciona-se contrário a essa atitude da diretoria do banco em defesa dos interesses maiores da própria empresa e de seu funcionalismo. “Se deixarmos que se instale a perseguição por motivos políticos, estará aberta a porta para o fracasso de qualquer tentativa de manter o BANPARÁ no ritmo de crescimento que vem experimentando nos últimos anos, o que coloca em risco o futuro da empresa e de seus funcionários”, afirma Rosalina Amorim, Presidenta do Sindicato.

Para a diretora de saúde do Sindicato e funcionária do Banpará, Érica Fabíola, “o que a direção do Banco acaba de fazer representa um recado claro: o que valerá de agora em diante não será a competência profissional, mas a bajulação e o adesismo político ao governo de plantão, o que não pode nortear as ações da direção de uma Instituição Financeira que se pretenda digna deste nome.”

Para reflexão de todos, deixamos um trecho conhecido do poema “No Caminho com Maiakovski”, de Eduardo Alves da Costa:

“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na Segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.”


Fonte: Bancários PA

Anônimo disse...

Prezado Jornalista:
Está marcado para o dia 28 deabril o julgamento no STF do SENADOR FLEXA PUNGUISTA RIBEIRO,QUE RESPONDE POR CORRUPÇÃO E FORMAÇÃO DE QUADRILHA. Há provas irrefutáveis de sua culpa. Nenhum jornal noticia nada aqui no Pará. O punguista diz que é amigo do Sarney e não vai "pegar nada" contra ele, pois o Ministro Gilmar Mendes é amigo do Sarney. Será possível? É a oportunidade do Pará se ver livre do punguista. Vamos noticiar.

Condoreiro disse...

Na Ilharga, o que achas disso?

"MEC ABRE AS PORTAS DO INFERNO
Na semana passada todos os senadores (e acho que também os deputados federais) receberam em seus gabinetes um documento da Federação Nacional das Escolas Particulares apresentando uma análise do Projeto de Lei do Plano Nacional de Educação na visão do setor privado do país.

A FENEP congrega os sindicatos de estabelecimentos particulares do Amazonas, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Pernambuco, Ceará, Paraíba e Mato Grosso do Sul. Certamente seu posicionamento é representativo de um segmento importante do setor privado da educação brasileira.

Na primeira parte do texto a FENEP tece críticas a Conferência Nacional de Educação. A entidade afirma que é conhecido “o viés ideológico presente na CONAE”, que “desconsiderou a importante participação da Educação Privada na construção do capital educacional, cultural e social brasileiro”. Acusa a CONAE de ter induzido em sua resolução uma visão velada de estatização do ensino.

Na segunda parte do documento são apresentadas propostas de emendas ao PL. Não são muitas as emendas, mas todas são direcionadas aos mesmos objetivos:

1º. Retirar qualquer referência a gratuidade do ensino nas diversas metas de expansão;

2º. Fomentar o desenvolvimento de tecnologias educacionais, mas sem controle de qualidade ou certificação por parte do poder público;

3º. Estabelecer oferta de matrículas em parceria com o setor privado em várias etapas e modalidades, nos moldes do PROUNI; e

4º. Suprimir qualquer referência a regulação do setor privado.

Condoreiro disse...

Continuação:
"Alguns exemplos de suas emendas:

1. Retiram a expressão “gratuita” da já problemática estratégia 1.4, que trata do estímulo ao crescimento das matrículas de creche via convênios com entidades beneficentes. Com isso tornam a redação ainda mais perigosa.

2. Na estratégia 3.5 alteram a redação que passa a ser: “Fomentar a expansão da oferta de matrículas de educação profissional técnica de nível médio em parceria com entidades privadas de formação profissional, de forma concomitante ao ensino médio público”. Retiraram a expressão “gratuitas” e a restrição a entidades “vinculadas a sistema sindical”. Com essas mudanças a estratégia torna-se ainda mais privatista, dando primazia à expansão via “parceria” com o setor privado.

3. A problemática estratégia 11.6 ficaria ainda pior, passando a ter a seguinte redação: “Expandir a oferta de financiamento estudantil à educação profissional técnica de nível médio em parceria com instituições privadas de nível superior e/ou empresas”. Ampliam o universo de entidades privadas que poderiam se habilitar a abocanhar esta fatia do mercado que foi oferecida pelo texto enviado pelo Executivo.

4. No caso da estratégia 15.5, que trata da política nacional de formação dos professores, a FENEP apresenta uma redação que garante financiamento público para a formação de professores de escolas privadas. A redação seria a seguinte: “Institucionalizar, no prazo de um ano da vigência do PNE, política nacional de formação e valorização dos profissionais de educação, de forma a ampliar as possibilidades de formação em nível superior (graduação, pós-graduação e mestrado) prevendo formas de financiamento público aos estudos”. Ou seja, a entidade pretende que os impostos pagos pelos cidadãos financiem a formação de seus funcionários, tudo isso em nome da igualdade de oportunidades.

5. Em relação à Meta 20 (Financiamento) a Federação apresenta duas propostas singelas. A primeira, a de “prever o PROBASICO, em moldes semelhantes ao PROUNI, como forma de financiamento da educação básica, em regime de colaboração com as entidades privadas”. A segunda, a de “prever, no IRPF, a dedução integral dos gastos com educação, inclusive livros didáticos e demais materiais escolares”. O governo federal quer ampliar a oferta de vagas no ensino profissionalizante por meio de isenção fiscal aos setores privados, mas a FENEP quer um programa para toda a educação básica."

Condoreiro disse...

Continuação:

Em resumo, as propostas privatistas inseridas no PL pelo MEC abriram as portas do inferno. Presenciando uma postura mais aberta a ampliação de seus interesses, as entidades do setor privado começam a demonstrar que irão trabalhar no Congresso por mais mercados educacionais.

Assim, mesmo que no discurso o governo federal se apresente como guardião da educação pública, suas proposições ofereceram o ambiente propício para novos ataques ao direito a educação pública em nosso país.

Uma informação adicional. O documento também é composto de uma última parte onde a entidade oferece uma breve discussão conceitual sobre a relação entre público e privado. No texto é dito que os autores do Projeto de Lei, de forma maldosa, confundem os conceitos de público e privado, como forma de reforçar a visão estatizante.

O texto recupera a produção teórica presente da Reforma do Estado de 1995 e defendem a reconstrução do Estado, que “segundo Fernando Henrique, visa à eficácia da ação pública, respeitadas as limitações do mercado, sem minimizar nem destruir as ações do Estado e do governo, e ainda, atendendo os anseios de solidariedade”.

Para a FENEP o documento da CONAE possui um viés conceitual baseado em Gramsci, revelando claras “intenções político-partidárias de dominação”.

Por fim, defendem como modelo para o Brasil as virtuosas experiências internacionais da Inglaterra, Portugal e Chile, que “comprovaram a eficácia da atuação da iniciativa privada nas políticas públicas, com vantagens econômicas para ambas, como também, práticas, em que o particular contratado detém condições de prestar o serviço público com maior qualidade”.

Este breve resumo do documento da FENEP é uma forma que tenho de lançar um alerta a todos os educadores brasileiros: mais uma vez a batalha no PNE será entre público versus privado.

Na Ilharga disse...

Sabe o que eu acho disso? É o ladrar da cachorrada ao passar da caravana. São os mesmos que odeiam o ENEM.
O que se espera é que a esquerda de gueto não se preste a fazer a segunda voz nesse couro desafinado.