Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Nepotismo cruzado, debate enviesado

Que a atividade advocatícia é labiríntica, como dizia Osvaldo Serrão, isto é sabido até pelo reino mineral. Agora, inconcebível é que se recorra ao mise en scène da ingenuidade para fazer crer que se está inaugurando uma nova forma de proceder, agora sim pautada na esperteza, da entidade classista que representa os advogados. Aí é querer que os outros passem por ingênuos.
Posição política a OAB sempre teve, tanto nacional quanto localmente. Quando Sobral Pinto, mesmo sendo militante de organizações cristã, decidiu ser advogado do comunista Luiz Carlos Prestes o fez para posicionar-se politicamente contra o Estado Novo, imposto de forma castrense ao povo brasileiro e à revelia da democracia. Da mesma forma, quando Ophyr Jr. silencia a respeito da agressão de Ronaldo Maiorana a Lúcio Flávio Pinto é porque não queria atrito com o principal veículo de comunicação que tinha um relacionamento bem estreito com o governo do estado, à época tucano.
A direita costumava dizer que havia padres que desvirtuavam sua missão ao imiscuirem-se em política. Mas, isso só valia para aqueles do tipo dos franceses que Jader Barbalho em seu primeiro governo mandou espancar, para D. Pedro Casaldáliga, aqui Savino Mombelli, enfim, para quem colocava-se ao lado dos movimentos sociais. Vide a última campanha eleitoral, quando um sem número de padres simpatizantes da causa da direita apoiaram abertamente Serra, sem que a mídia fizesse qualquer tipo de acusação.
Retomar esse esfarrapado argumento não se sustenta nos dias de hoje, na medida em que já não mais restrição a se fazer política. O projeto de lei de iniciativa popular que levou à chamada Lei da Ficha Limpa foi assinada por centenas de entidades da sociedade civil, algo impensável há décadas atrás. O próprio conselheiro que contestou a ação foi membro de um movimento jovem ligado ao coronel Passarinho, bem como era assessor jurídico de Simão, durante a campanha eleitoral. Assim, não há ideia mais fora do lugar do que essa que tenta desqualificar uma denúncia importante , e que obteve repercussão nacional, porque foi feita por alguém que tem posição política.

Um comentário:

Anônimo disse...

Dá uma olhada nesse link, meu querido professor.

http://twixar.com/NvI1jLk

Saudades suas.

Abraços.