A matéria publicada hoje na Futrica Barbálhica(Diário do Pará), assinada pela competente repórter Rita Soares, não passa de prato deliberadamente requentado com o intuito de amortecer o impacto devastador de outra publicada pelo Liberal, domingo passado, que colocava o ex-presidente da Assembléia Legislativa, Domingos Juvenil, no centro do escândalo da folha de pagamento da casa.
No fundo, é um indicativo de que o PMDB sugere esse roteiro para as investigações, centrado na servidora Mônica Pinto, outros possíveis 140 servidores beneficiários da adulteração de contracheques e uns quinhentos estágiários contratados além da capacidade da AL em absorve-los. Conforme já esperado, um promotor público estadual declara que "até o momento não há investigação em torno de deputados..." sabe-se que historicamente o MP estadual sempre foi muito compreensivo com tucanos e pemedebistas.
Ora, com tantos depoimentos a tomar, além das investigações em torno deles, calcula-se que assim vários anos passarão e as diligências não chegarão aos que planejaram e ficaram com a maior fatia do produto desse assalto. Se dá certo com Jader Barbalho que, salvo uma breve estada no xilindró do Tocantins, até hoje consegue protelar a finalização de todos os processos a que responde, por que não daria certo em uma instância em que muitos dos envolvidos têm o poder da investigação, como a deputada Simone Morgado, por exemplo, citada na matéria de O Liberal?
Por tudo isso é que só uma Comissão Parlamentar de Inquérito terá poderes de ir fundo nas investigações que precisam ser feitas. E esta, tudo está a indicar, só sairá se a sociedade se mobilizar para exigir sua instalação. Se continuarmos vendo os fatos desenrolarem-se intramuros da AL, certamente o rolo compressor tucano/pemedebista passará por cima da investigação necessária e servirá à sociedade a pizza da empulhação. E com direito a loas da Futrica(Diário) ao processo de "higienização" promovido. Não à armação!
Nenhum comentário:
Postar um comentário