Avenida Dalcídio Jurandir

Nos bastidores da Câmara Municipal de Belém, corre o boato que a Assembléia de Deus quer que os vereadores mudem o nome da Av. Dalcídio Jurandir para Avenida Centenário da Assembléia de Deus. Como se sabe à CMB cabe legislar sobre a toponomástica do município e, até o presente momento, ainda não foi votado o nome do autor de Chove nos Campos de Cachoeira e Marajó, entre outros; portanto, legalmente, a citada artéria ainda não consolidou a homenagem ao grande escritor nascido em Ponta de Pedras.
Vale lembrar que os dois elevados constantes do complexo viário, construídos no governo passado pelo programa Ação Metrópole, já levam o nome de dois pioneiros daquele segmento religioso, o que já uma justa e significativa homenagem. Ora, isto poderia ser usado como argumento pelos edis na manutenção, da igualmente justa homenagem, àquele escritor que honrou as letras paraenses além de nossas fronteiras, ao ter livros publicados pelas renomadas editoras Vecchi e José Olympio, bem como ter sido colaborador de importantes periódicos de grande prestígio nacional, tais como as revistas O Cruzeiro, publicada pelos Diários Associados, e Diretrizes, de Samuel Wainer; e jornais como o Diário de Notícias e Correio da Manhã.
Enfim, que se apele aos vereadores na manutenção do nome daquela avenida e não se faça a mesma descortesia feita com outro ilustre paraense, o ator Sérgio Cardoso, que emprestaria seu nome ao que hoje conhecemos como Centur, mas foi bruscamente "deshomenageado" cedendo lugar a Tancredo Neves, que hava falecido naquele período, mas é largamente homenageado em todos os cantos, só faltando dar nome a rinhas de galo. Já Sérgio, é mais reconhecido no Rio de Janeiro do que na própria terra em que nasceu. Lamentável!