É hilário ver O Liberal, um jornal que floresceu á sombra de uma ditadura, fabricar editoriais em defesa da democracia que não pratica, como se pode notar pelo tratamento anti-jornalístico que dispensa a desafetos, quando não os elimina da face da terra, caso do jornalista Lúcio Flávio Pinto.
Por conta dessa falta de jeito, acaba embarcando na canoa furada da retórica velhaca da diplomacia estadunidense, que apoiou durante trinta anos Hosni Mubarak, pelo papel estratégico que este desempenhava no Oriente Médio como aliado incondicional do governo fascista de Israel, e agora quando o povo vai às ruas depor aquele tiranete, maquina para que os militares façam uma transição viciada que garanta a ascensão de um novo governo conservador.
Mas nada disso parece importar ao pachorrento editorialista do jornal dos maioranas. Na verdade, a situação do Egito, por sinal jamais criticada anteriormente, é apenas um gancho para bater em Hugo Chavez e manifestar sutilmente descontentamento com os governos de centro-esquerda que predominam na América do Sul. Enfim, O Liberal não mudou nada. Continua o mesmo jornal direitista dos tempos da ditadura militar.
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