D. Costa encarna Jânio Quadros

Quando o tresloucado e breve presidente Jânio Quadros proibiu o uso do biquini nas praias brasileiras a medida, de tão estapafúrdia, foi ignorada e não gerou maiores consequências.
Já a de D. Costa, O Nefasto, agride fortemente o bolso das pessoas. E pessoas de origem modesta, os ambulantes, que tiveram suas mercadorias destruídas e um grande prejuízo financeiro. Aparentemente, apenas uma medida conservadora que os usos e costumes sepultariam, como ocorreu no caso da proibição do biquini.
Ocorre que o consumo de bebida alcóolica não está efetivamente tendo sua comercialização proibida. O que está acontecendo é que os eventos carnavalescos realizados na Cidade Velha tem o patrocínio da Cerpasa e dentro dos seus cordões de isolamento reina absoluto o monopólio da venda da cerveja daquela fábrica. Como não é do agrado da maioria dos brincantes, estes preferem ir mais adiante para garimpar outras marcas e garantir a tão decantada, pelo capitalismo, concorrência. Recorreu, então, o poder público à repressão como forma de garantir a exclusividade da marca preferida por Lorota(pelo menos no âmbito fiscal), impedindo a comercialização dessas outras marcas até fora da área do isolamento da folia.
Não sei se o Sindicato dos Ambulantes tem um setor jurídico que o oriente a garantir seu direito à comercialização de outras marcas, ou se terá acesso ao Ministério Público em uma eventual batalha contra esse insólito monopólio. Só sei que essa foi a forma mais aviltante que patrocinadores, promoters e poder público encontraram para garantir a "preferência" dos produtos ofertados pelo patrocinador. Vergonhoso!