Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Aniversário de Belém

No ano em que o Brasil respirar oimpíadas, Belém completará 400anos. Hoje, aos 395, não vemos a população muito feliz com sua cidade, mercê de quase sete anos de uma administração desastrada, viciada e dolosa. A bem da verdade, talvez até pela falta de perspectiva política do atual alcaide, já é possível notar apresença positiva da prefeitura aqui e ali. Por exemplo, a CTBel, outrora mero cabide de empregos e arrecadadora de multas no trânsito, já mostra sua cara pálida em esparsas tentativas de arrumar o trânsito, pelo menos em São Brás e no Entroncamento.
Porém, trata-se de administração claramente baseada em concepção de varejo de balcão de taberna. O que é planejado para ser executado no médio e longo prazos torna-se irrelevante, enquanto a obra de caráter imediato, aquela que permite ao gestor e a seu séquito político chegar no local e cobrar o agradecimento em forma de voto, é a prioridade das prioridades.
É a grande contribuição que D. Costa fornece ao crescimento desordenado, desvinculado de qualquer planejamento estratégico e refém dos grandes conglomerados de empreiteiras. Basta olhar a região central da cidade e sua enorme quantidade de imensos espigões já existentes ou em construção e sentir a "fervura" do calor das duas horas de tarde de verão. Como nada é tão ruim que não possa piorar, já convivemos com a expansão desse boom maléfico para áreas ainda cobertas de verde, mas violentamente agredidas por essa ação. Julio Cézar e Augusto Montenegro, dentro em breve terão shopping centers e um monte de condomínios verticais ao redor, sem que a vigilância seletiva da promotoria de meio ambiente do estado pronuncie um "ai".
Outro setor fortemente abandonado foi o da gestão da saúde pública, aí incluido o saneamento básico. Com efeito, a PMB cruzou os braços e limitou-se a canalizar os recursos para ações dirigidas ao favorecimento de grupos simpáticos à gestão. Marco inicial desse malfeito foi a tentativa de compra da clínica Zhogbi, um prédio em ruínas fruto de sua má gestão empresarial que o prefeito ia socorrer e o Ministério Público Federal felizmente impediu. Depois disso, o que se viu foi uma sucesão de trapalhadas que tiveram como consequência a prisão de algumas pessoas, embora tivesse ficado a sensação de que os principais foram poupados.
O próximo prefeito terá importantes desafios pela frente na medida em que dele tem que ser cobrado o rigoroso respeito à Lei nº10.257/01(Estatuto das Cidades), algo atualmente ignorado. Respeito ao planejamento estratégico, obediência ao Plano Diretor, às posturas municipais, respeito à participação popular e ênfase às políticas públicas que assistam aos mais necessitados obrigatoriamnete serão os compromissos que devem ser assumidos. Belém não comporta mais quatro ou oito anos de administração "carpinteira", em que o conserto é a ação etratégica. Precisa ter um modelo de desenvolvimento que olhe para todos os lados, mas principalmente para as áreas mais carentes.
Nesse sentido, e a julgar pelo ritmo que será imposto pelo atual gestor estadual, cujo governo só teve início fisiológica e cronologicamente, será fundamental que o futuro prefeito cuide de consolidar o projeto que atende pelo nome de Ação Metrópole, que estava há vinte anos no papel e só no governo passado teve sua largada com importante conjunto de obras, que em muito ajudaram a cidade a dar uma respirada. No entanto, ainda há muito por fazer e a prefeitura de Belém pode ter papel importante nisso. Será sua contribuião para que nossa querida Belém torne-se quatrocentona tendo o que comemorar.

Um comentário:

Anônimo disse...

O que se verifica é a Belém: capital do Lixo, da Dengue, do desrespeito ao idoso, do desrespeito aos trabalhadores que usam o transporte coletivo, do abadono de nossas queridas praças para nossas crianças, da insegurança dos bairros;
da falta de preocupação com os recursos públicos, do desordenamento territorial. Enfim de uma cidade triste, sem a magia de outrora. Belém, Pede Socorro!!!