Não há valor legal algum nas adjetivações, usadas de forma veemente por fucionários de seus veículos de comunicação, para explicar o que está por trás da renúncia de Jader Barbalho. O que vale é o verbo, a atitude tomada em uma manhã nem tão lilás. Fato é que ele terá que caminhar com os músculos doloridos pela decisão dos seis do STF, privado que está agora da primavera no coração(do poder).
Nosso Jack Kerouac no tucupi, com esse seu extemporâneo protesto, pode até continuar sonhando que tudo lhe pertence, e louve-se a ousadia do jogador que sente a ameaça da derrota na mesa do jogo muito próxima, mas é evidente que hoje prevalece o risco dessa derrota.
Tudo leva a crer que sua atual situação reside mais na crença sebastianista dos seus áulicos do que na realização dos sonhos do guru da contracultura. Mesmo com Ocidente e Oriente cada vez mais distantes da paz, também é pouco provável que essa volta do grande comandante dessa espécie de Alcacer-Quibir politiqueira(cujo símbolo poderia muito bem ser a aprovação do 14º salário para os deputados estaduais, em iniciativa do Juvenil cítrico de quem Jader dispõe para o que der e vier, evidentemente, mais para o que vier) será triunfal ao poder que os ímpios queriam usurpar-lhe.
Com efeito, a lei da Ficha Limpa parece ser o anúncio da mudança de hábitos nada saudáveis na política brasileira. A impressão é que Jader, alheio a tudo isso, continua agindo como o sargento Getulio do João Ubaldo e quer levar o "prisioneiro" na marra até o destino que traçaram. Dará certo?
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