O Brasil do futuro

Em 2002, havia 180 mil alunos oriundos da classe D cursando o ensino superior. Em 2009, esse número quase quintuplicou chegando a 887,4 mil alunos.
Certa feita, o ministro da educação Fernando Haddad escreveu,"Até 2004 as instituições de ensino superior(IES) gozavam de isenções fiscais sem nenhuma regulação do poder público. Concediam bolsas ao seu bel prazer, estas nunca integrais e jamais para o curso de medicina".
Surge o Prouni e coloca fim à farra das jocosamente chamadas de pilantrópicas, em vez de filantrópicas. Ficou estabelecido que só haveria dois tipos de bolsas: integrais e com 50% de descontos, preferencialmente para a clientela oriunda do ENEM, egressos de escolas públicas e obedecendo o seguinte; quem tiver renda per capita famiiar de 1,5 salário mínimo, fará jus à bolsa integral; e quem tiver renda per capita familiar de três salários mínimos, fará jus à bolsa com 50% de descontos.
O resultado é a chiadeira da indústria dos cursinhos, em conluio com a grande imprensa, querendo inviabilizar o ENEM e o famigerado DEM(ex-PFL) entrando com uma ADIN no Supremo Tribunal Federal tentando restabecer o regime da pilantropia. Mas, por enquanto, os jovens da classe D continuam buscando seu espaço mais qualificado no mercado de trabalho e dando sua colaboração para que o futuro deste país seja socialmente mais justo.