Foi o que disse a mafioescrevinhadora Eliane Catanhede, em artigo publicado ontem, na Folha Serrista, a respeito do comportamento do presidente Lula. Reflete, com efeito, o pensamento pretensamente cosmopolita daquela minoria branca paulistana, conforme a ela(a minoria) se referiu o ex-governador paulista Cláudio Lembo.
Condena o Presidente da República por assumir-se como um ser político, ter lado e postar-se como o mais popular eleitor do país, ignorando a visão conservadora que Eliane representa no artigo citado, que criminaliza a ação política. O artigo chega ao cúmulo de brigar com os fatos afirmando que Lula vai sair desta eleição menor do que entrou. Só a cegueira oriunda do ódio de classe permite falar tamanha bobagem. Lula é o mais popular presidente da história do país e o mais respeitado internacionalmente e nada indica que isso mudará em pouco mais de dois meses, logo, ele sairá do tamanho que a sua estatura de estadista comporta, graças ao governo que fez. E isso é pessoal e intransferível.
O que é transferível é a sua capacidade política de fazer da sua candidata a favorita na disputa. E isso a direita não gosta porque queria tomar o poder pressionando Lula para que assumisse a omissão como postura. Subrepticiamente, há o velhaco argumento de que FHC não fez campanha em 2002. Claro,ele foi convenientemente ocultado, pois tinha 80% da antipatia popular e representava mais a anticampanha. Se fosse o estadista que seus áulicos querem pintar não aprovaria a emenda da reeleição, sabe-se lá a peso de quantos dinheiros, em benefício próprio.
Outra idiotice inominável da mafioescrevinhadora, "...Dilma e o lulismo vencem graças à maciça votação nas regiões e áreas mais manipuláveis, onde a Arena, o PDS e o PMDB foram reis."
No entanto, Dilma arrasou seu adversário em Salvador, Recife, Fortaleza, cidades que não são propriamente os rincões que imagina a medíocre jornalista. São cidades com atividades culturais iguais ou mais intensas do que Curitiba ou Florianópolis, redutos tucanos, bastando ver os festivais de cinema que realizam, os escritores, músicos artistas plásticos que dão à admiração do país.
Se é que é possível, quem sai menor dessa eleição é a jornalista Eliane Catanhede, responsável por um dos momentos mais torpes do jornalismo pátrio, quando identificou o eleitorado tucano como a "massa cheirosa", contrapondo esta à imensa maioria do povo brasileiro na visão dela feios, sujos e malvados porque não cumprem mais as ordens da minoria branca. Vá, D. Eliana, comer seus brioches e deixe o povo fermentar a massa da liberdade de escolha, que fabricará não o pão que o diabo amassou que lhe dá tanta saudade, mas o da soberania irreversível, balizada na exigência de que não tenhamos mais retrocessos. E os(poucos) incomodados que se mudem!
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