À margem

Ao classificar a decisão de uma corte superior como "excrescência jurídica", Jader Barbalho demonstra toda a sua falta de apreço ao ordume jurídico e até ao regime republicano, sugerindo que a decisão é impertinente, pois atinge quem sempre se achou acima da lei. Lembremos que, toda vez que seus delitos são lembrados, ele tem na ponta da língua a resposta de que os mesmos estão prescritos. Ou seja, não foram a julgamento no tempo legal em que isso deveria ocorrer, muitas vezes por razões inconfessáveis, então passaram a inexistir tendo isto se transformado em absolvição.
É imprevisível, ainda, como se dará o julgamento no STF, onde a ministra Carmen Lúcia e os ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski deverão referendar a decisão do TSE; enquanto Gilmar Mendes, José Antônio Toffoli e Marco Aurélio Mello certamente se posicionarão contrariamente. Mas, independente do resultado, já para essas eleições fica o exemplo da mobilização popular que produziu uma lei que teve o condão de exigir daqueles que se habilitam ao crivo da vontade popular que adotem comportamento pautado na seriedade no trato da coisa pública. E isso é só o começo.