Decadente bobo da corte

Aquele apresentador de quinquilharias televisivas que se acha uma "barra pesada", mas não passa de um dócil assecla do barbalhismo, um dia enganou a população mais humilde que viu nele um aliado na luta por seus direitos, então o elegeu vereador com mais de seis mil votos.
Quando se viu eleito, a primeira coisa que o malandro em tela fez foi virar as costas para o povo da periferia que o consagrou como vereador da capital. Chegou ao absurdo de propor, como única emenda ao Orçamento do Município, a pavimentação da alameda que margeia a sede campestre da Assembléia Paraense, para facilitar-lhe o trânsito em suas peladas semanais, ignorando todas as carência por que passavam as pessoas da periferia que o elegeram.
Aí, na eleição seguinte, esse povo deu-lhe o troco apeando-o do Poder Legislativo ao contemplá-lo com uma ridícula votação de pouco mais de mil sufrágios. Não satisfeito, correu para Ananindeua pensando em beneficiar-se do cobertor barbálhico. Necas. Obteve pouco mais de 400 votos, amargando uma suplência tão longínqua que nem uma nova gripe espanhola que acometesse todos os titulares e suplentes à sua frente seria capaz de faze-lo tornar-se vereador, demonstrando sobejamente que se trata de alguém profundamente antipatizado pela população, embora encene, a mando do patrão, um ridículo papel de bobo da corte barbálhica com tosco matiz popularesco. Lamentável!