Reproduzo artigo de Izaías Almada, publicado no blog Escrevinhador:
Nem bem a tinta do jornal havia secado, onde, entre outras sensaborias se podia ler a entrevista da atriz (sic) Maitê Proença, já o Jornal Nacional na sua edição do dia 09 de agosto escancarava aos seus espectadores a “estratégia” de Dona Beija.
Já me explico. O jornalão o Estado de São Paulo publicou uma entrevista com a atriz, onde se destaca um curioso e patético raciocínio. Ela se diz feminista, mas abriria mão parcialmente desta condição, desde que os machistas brasileiros, selvagens de preferência, ajudassem a colocar a candidata Dilma Roussef no seu lugar, isto é: ou na cozinha ou atrás do tanque. Afinal, o que é que ela tem que ficar se metendo em política e ainda ter a petulância de ser candidata a presidente da república?
William Bonner, jornalista com mestrado
Fiquei pensando, enquanto acompanhava a entrevista, o porquê de tal destempero. De repente, acendeu a luzinha: Bonner, aceitando o desafio da atriz, lançado pela manhã, incorpora de imediato o papel de machista selvagem e avança sobre Dilma Roussef de microfone
Extravagante, patético, sensacional. O pior jornalismo brasileiro (e não são poucos os que o fazem) mostrava as suas vísceras no horário nobre. Para não deixar dúvidas sobre o fosso que vai se abrindo entre um Brasil que a duras penas quer mudar e um Brasil arcaico que insiste em não enxergar a realidade à sua volta.
Neste, no arcaico, os que entraram nos trilhos da resistência e do passadismo caminham para o precipício, mas seguros da sua própria ignorância.
Jorge Paz Amorim
- Na Ilharga
- Belém, Pará, Brazil
- Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.
sábado, 14 de agosto de 2010
Bonner, o machão da Maitê
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2 comentários:
O papel da Maitê já foi da Regina Duarte. Serviu para o Lula declarar em 2002, quando terminou a apuração dos votos: "a esperança venceu o medo". O povo estava certo em apostar na esperança. Aguarda o troco, Maitê.
Incrível como o elenco global foi burrificando-se à medida que se aburguesou. Quando ainda estava mais próximo de suas origens no teatro, guardava uma posição até progressista, inclusive essa senhora, que chegou a apoiar o Brizola em 1989.
Depois, envolveu-se afetivamente com um parceiro de Cacciola e Daniel Dantas enveredando definitivamente pelo caminho da porralouquice direitosa.
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