O Campeonato Paraense acabou e, entre tantas coisas positivas que deixou, uma deve ser destacada e trabalhada para que se consolide. A integração entre as diversas regiões desse imenso país que se chama Pará. Ver uma bandeira paraense estendida no alambrado do estádio Zinho de Oliveira, em Marabá, demonstra que nem tudo está perdido em certas regiões e é possível manter nossa integridade geopolítica bastando, para tal, a presença equânime do poder público, como bem demonstrou a governadora Ana Júlia Carepa.
Porém, ficando apenas no exemplo do futebol, é preciso que muito ainda seja feito para superar uma velha e conhecida mazela que, antes, incomodava apenas os ditos pequenos da capital e, hoje, irrita nossos times do interior: o favorecimento a Remo e Paissandu, por parte das instâncias dirigentes do nosso futebol, em determinados posicionamentos.
Pode ser até que o treinador do Águia, João Galvão, tenha exagerado no palavreado ao reclamar das decisões do Tribunal de Justiça Desportiva, porém, se a sede desse tribunal fossse fora de Belém e a escolha dos seus membros contemplasse todas as regiões, certamente Galvão não teria do que reclamar. Esse é, com efeito, apenas um dos aspectos a ser discutido e modificado para que tenhamos, realmente, um campeonato paraense. Quem lembrar que aponte outro.
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