DungaxRede Globo

Segundo o UOL, conforme aborda Luiz Carlos Azenha em seu blog Vi o mundo, a polêmica entre o técnico Dunga e a Rede Globo teve origem na proibição, determinada pelo treinador, de atletas concederem entrevistas exclusivas. Como todos sabem, entrevista exclusiva sempre foi privilégio restrito à Venus Platinada, por isso, soa estranho ver outros veículos de comunicação, que sempre choraram baixinho pelo privilégio global, agora investirem furibundos contra o treinador. Talvez seja porque ninguém sabe o que vai acontecer no dia de amanhã.
A gota dágua foi no domingo, quando o presidente da CBF tinha acertado a participação especial de três jogadores, inclusive Luís Fabiano, no programa Fantástico, o que foi vetado por Dunga para desespero de Alex Escobar, que teria dito ao telefone para o repórter Tadeu Schmidt mais ou menos o seguinte, "insuportável bicho, insuportável. Já havia acertado tudo com o Rodrigo(assessor de imprensa da CBF) e ele vetou, valeu Tadeuzão". Daí vindo o entrevero que azedou de vez o relacionamento.
A Globo agora parece torcer por um "afastamento branco" do treinador, através de uma punição imposta pela FIFA, como forma de mostrar a desimportância do treinador e abreviar sua carreira na seleção. Fizeram até uma comparação, descabida, entre o episódio de domingo e a punição de dois meses de gancho e mais multa de U$$ 25 mil, imposta ao treinador argentino Diego Maradona que, logo após o jogo que classificou los hermanos,  mandava os jornalistas "chuparem" e apontava para baixo. Como a associação é descabida, parece que Dunga está livre dessa punição tão ansiada pela Rede Globo.
Mas, pelo visto, se a imprensa opta pelo corporativismo, a população mostra-se, mais uma vez, contra a Rede Globo, conforme se constata pelo assunto mais comentado  no serviço de microblogs do Twitter, ontem, ter sido a frase "Cala boca, Tadeu Schimidt"- superando até a "Cala boca, Galvão"- por aquele ter lido um editorial no dito programa global espinafrando Dunga. Este, mesmo que perca o título, já prestou um grande serviço ao país quando mostrou que a seleção pertence a todos os brasileiros, e não ao monopólio arrogante da informação e seus negócios privados.