Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 29 de maio de 2010

Insanidade

Entre 2007 e 2010, o Governo concedeu reajuste de 46,57% no vencimento base do professor que trabalha em regime de 200 horas; realizou concurso público e nomeou cerca de 20 mil aprovados nesses concursos, fora os quase dois mil que desistiram; garantiu auxílio alimentação a todos os profissionais da educação e enviou à Assembléia Legislativa do Estado o Plano de Cargos Carreira e Remuneração do Magistério, principal reivindicação da categoria ao longo de anos e agora, finalmente, atendida pelo atual governo, ressaltando-se que ainda entrará em discussão, portanto, podendo ser melhorado.
Portanto, a quem interessa a manutenção dessa greve que deixa fora da escola 800 mil estudantes? Ao ensino pago, que mete a mão no bolso de quem, com muita dificuldade, prefere enfrentar outras carências, mas mantém o filho em uma escola, ainda que precária, para proporcionar a perspectiva de um futuro melhor para os filhos? Ao crime organizado, que vê aumentado seu "exército de reserva " na hora que precisar de mão de obra para a distribuição da "mercadoria"? Ou, a certos segmentos políticos que dominam a direção sindical e, licenciados há décadas da sala de aula, perderam(talvez, nunca tenham tido) a sensibilidade do papel social do educador?
Na verdade, esses três segmentos podem até obter vantagens Pontuais. Porém, isto se dá em prejuízo do interesse geral. Assim, é hora do poder público atuar em defesa deste interesse, deixando de lado principismos estéreis e tomar medidas que defendam o direito ao ensino público gratuito e à busca da qualidade deste ensino preservando, com efeito, nossa juventude dos riscos que o modelo neoliberal impôs e que curiosamente virou instrumento camuflado na mão de esquerdistas.

6 comentários:

Anônimo disse...

Égua, não vi esses aumentos no meu contra-cheque. Até concordo que a greve é fora de hora e poliqueira, mas os nossos salários estão longe da valorização.

Anônimo disse...

Temos que tratar às claras a quem interessa esse grevismo: Psol. Só que a turma do Edmilson não tem coragem de fazer greve contra a Prefeitura de Belém. Saberm por que? Porque da última vez (e já tem mais de 3 anos) que eles meteram a cara, o Duciomar mandou descontar todos os dias parados. E hoje o professor municipal não quer nem ouvir falar em Sintepp. E por que o sindicato não convoca greve contra a Prefeitura de Ananindeua, que não tem PCCR? Por que, por debaixo do pano, o Psol é aliado do PMDB. É a aliança envergonhada.

Anônimo disse...

Essa greve só prejudica os estudantes pobres, que estudam na escola pública. A turma do Sintepp, com seus carrões, não está nem ai.

Osvaldo Cunha disse...

O mais interessante de tudo é que o grupo dirigente do SINTEPP está no poder há 30 anos initerruptos como tiranetes de plantão.Ativos e ruidosos agora, mas acanhados e sem esse "bafo" no trato com governos passados, que não negocivam, achatavam salários, cortavam vantagens (vide caso das súmulas), faziam chacotas pela imprensa, atacavam a educação invadindo escolas (vide o caso pedroso, e nunca eram cobrados com demandas surrealistas como agora e no período da crise mundial, quando o mundo inteiro estava em concordata e só aqui no Pará é que podia dá 50% de aumento.Pode????
Sou da área da educação, mas esse negócio de greve por puro ajuste de contas é coisa de amargurado. O PCCS mandado pelo atual governo é uma conquista secular da educação.Lembremos aos que querem vê o ex-prefeito Edmilson deputado estadual,que ele passou 8 anos na PMB e nunca apresentou pelo menos um PCCS mesmo defeituoso e sem virtudes como esse agora irresponsavelmente mal repassado ao conjunto da Educação paraense.

Anônimo disse...

Li, sábado, no Diário do Pará, que os dirigentes do Sintepp decidiram suspensar a assembléia geral dos professores, marcada para a última sexta-feira, porque tinha muita gente no espaço e que nem todos poderiam ser professores. O jornal chegou a chamar de espiões da Seduc as pessoas que estavam lá. O engraçado é que se todos estivessem de acordo com a estratégia do Sintepp, não haveria necessidade de identificar quem é e quem não é professor. Nem que é estudante ou pai de aluno. Todo mundo votaria e a foto da platéia, com a mão para cima, chegaria às redações dos veículos de comunicação para mostrar a "unanimidade" da decisão. Mas como nem todos rezam pela cartilha do sindicato da greve, a tática foi adiar a decisão sobre o fim da paralisação.

Na Ilharga disse...

Oportuna essa observação. Me faz lembrar de certas passeatas que são engrossadas por participantes que não fazem parte da categoria, no entanto, como são da tchurma, são benvindos na encenação e na reporcagem em tela.