Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Falha nossa

O blog errou feio, ontem, ao afirmar que a justiça tinha aceito o pedido de tombamento do Baenão. Na verdade, quem aceitou foi o Departamento de Patrimônio Histórico da SECULT, a quem cabe encaminhar processos dessa natureza. Admitido, sua consolidação demorará ainda alguns anos e só depois pode, digamos, ser "destombado" na justiça. De qualquer maneira, as negociações para a venda daquele patrimônio devem pelo menos, para os próximos cinco anos, entrar em compasso de espera.

2 comentários:

Claudia disse...

Embora o Clube do Remo não seja um tema que me interesse em nada, devo falar sobre o processo de tombamento do estádio Evandro Almeida.
Sou técnica do DPHAC/SECULT e fui técnica do DEPH/FUMBEL onde, nos dois órgãos, existem processos de tombamento do referido imóvel. É procedimento legal a proteção do bem até a decisão final sobre o processo, seja lá qual ele for o tema a que o processo trata.
Se você dá entrada a uma aprovação de projeto, não pode começar a obra sem o devido parecer. O mesmo em relação ao tombamento. Não é lógico isto?
Sendo assim, as matérias veiculadas no Diário do Pará que fazem referência ao blog "Na Ilharga" fazem jus à etimologia, não se aprofundando na questão! E este é um erro gravíssimo para quem se propõe produzir conteúdo para a internet! Por isto o Marcos do Tempo (http://marcosdotempo.blogspot.com) tem postagens bissextas.
E eis que hoje a lenda criada por esse blog vira matéria de primeira página.
Isto irrita profundamente, não às instituições que estão envolvidas, mas aos seres humanos, técnicos, que ganham mal mas que trabalham com responsabilidade e celeridade, no limite do possível.
Um processo de tombamento é moroso porque exige pesquisa. Embora de antemão eu, pessoalmente, não veja qualquer valor de referência que valha reivindicar o tombamento do estádio Evandro Almeida, um tombamento é um título de qualificação de um bem cultural. A pesquisa busca exaurir as questões quanto ao valor cultural daquele bem, para que não condenemos à renovação urbana referências que valem muito mais que o seu valor de mercado.
Em qualquer lugar no mundo, tombamento valoriza um bem. Em Belém, especialmente, há um sentimento de pena sobre o tombamento.
Lamento, profundamente, o post infeliz e a inconsequencia de quem o fez.

Na Ilharga disse...

Agradecendo a atenção dispensada em seus comentários gostaria, entretanto, de discordar das suas avaliações de mérito na medida em que não me sinto responsável, nem por sua remuneração insuficiente e nem pelo seu desinteresse a respeito do tema.
Com efeito, para uma imensa parcela do povo paraense esse tema é de grande relevância, pois mexe com a paixão dessas pessoas. Portanto, o imóvel objeto do seu trabalho e de outros técnicos desse departamento significa um desafio, justamente pelas características do mesmo, por isso, além da inegável competência técnica da equipe do DPHAC, há de ter também sensibilidade social para bem executar a tarefa que lhe foi confiada.