Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Pará/Venezuela

Um dos maiores clientes dos produtos paraenses, a Venezuela, acaba de fechar um acordo comercial com o Pará inaugurando uma rota fluvial, a partir de maio, o que significará um novo marco comercial para o Estado.
Uma comitiva venezuelana com dois vice-ministros, presidentes de estatais e empresários esteve ontem (24) e nesta quinta-feira em Belém para debater, com autoridades e empresários paraenses, as tratativas encaminhadas em novembro passado, durante visita da governadora Ana Júlia Carepa àquele país. Os acordos abrangem as áreas da agropecuária, turismo, comércio e comunicações, entre outras.

Na tarde de ontem, começaram as reuniões dos Grupos de Trabalho formados para debater os principais pontos da cooperação (estas reuniões acontecerão hoje e amanhã). Na área do turismo, serão apreciadas rotas paraenses, que podem ser divulgadas na Venezuela, e também as rotas de turismo de lá, que possam ter interesse para o paraense. A Venezuela também tem escolas de referência em turismo, que podem desenvolver ações em cooperação com a Paratur.

A área do comércio tem dois itens principais: a definição da rota comercial de um navio venezuelano ao Pará, com as respectivas escalas e dias de partida e chegada. E também a importação e exportação de produtos paraenses e venezuelanos. O Pará deverá exportar massas, biscoitos e outros produtos alimentícios.

O Banco do Comércio Exterior (Bancoex) da Venezuela vai definir a pauta com empresários que foram àquele país em novembro passado, como os donos das empresas Hiléia e Mariza, ambas de Castanhal. Já os venezuelanos querem exportar ao Pará itens como cimento, fertilizantes e coque de petróleo.

O Bancoex fará um levantamento de volume, escalas, preços e prazos de entrega, com vistas a uma rodada de negócios que acontecerá em maio próximo, aqui em Belém, envolvendo empresários e autoridades dos dois países.

Na área da agropecuária, os venezuelanos têm interesse em ovinos, caprinos e bubalinos, soja, mandioca, palma e frutas tropicais.

Na área das comunicações, será apreciada a proposta de compartilhamento do satélite boliviano Simon Bolívar, com ações no âmbito do programa paraense NavegaPará, de inclusão digital e integração de órgãos públicos via internet de alta velocidade. Em troca, o governo venezuelano usaria programas de computador desenvolvidos pela Empresa de Processamento de Dados do Pará (Prodepa), como de avaliação de desempenho de funcionários e de controle de protocolos.

Também se espera a presença, não confirmada, do presidente da Telesur (estatal de comunicações venezuelana), Andrés Izarra, para ver a possibilidade de transmitir programas educativos (paraenses e venezuelanos) via streaming, ou seja: ao vivo. Entre os programas que a TV Cultura do Pará poderia compartilhar está o "Catalendas", que trata de lendas amazônicas, muitas comuns aos dois países.

De acordo com o secretário estadual de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), Maurílio Monteiro, "a visita da comitiva venezuelana se integra na estratégia do governo do Estado de ampliar o mercado para os produtos paraenses, em que se incluem visitas à China e também aos Estados Unidos".

O secretário acrescenta que, entre as ações no âmbito da secretaria, com o fim de ampliar mercados, está a criação da Diretoria do Comércio Exterior, parcerias com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e medidas de certificação de produtos e de proteção de direitos autorais.

Integram a comitiva venezuelana, entre outros, Francisco Javier Arias Cárdenas, vice-ministro para a América Latina de Relações Exteriores, Yvan Gil, vice-ministro de Circuitos Agroprodutivos e Agroalimentarios, e Maximilien Arvelaiz, embaixador da Venezuela no Brasil.

Ascom - Sedect

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