Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Madeleine, Hillary, mais do mesmo.

A passagem da Secretária de Estado americano Hillary Clinton pelo Brasil serviu apenas para mostrar que, seja democrata seja republicana, a orientação da política externa do Tio Sam é a mesma. Lady Clinton, apesar da aparente meiguice, lembrou bastante a durona Madeleine Albreigth pela retórica intervencionista sem retoques, isto é, baseada nas informações prestadas por organismos de bisbilhotagem alheia-CIA e Mossad- que não primam pela diplomacia, muito pelo contrário, partem de uma posição preconcebida para gerar um quadro que se adeque à essa posição.
O fundamento da obsessiva tentativa de punição do Irã é o mesmo que levou à invasão do Iraque, que depois constatou-se ser uma farsa. Na verdade, parece mais desvio de foco daquilo que é mais preocupante no Oriente Médio, nesse momento, quando o governo reacionário de Israel incorpora ao seu patrimônio nacional a Tumba dos Patriarcas, que também é símbolo sagrado para cristãos e muçulmanos da região. Ora, dada a desproporção dos aparatos bélicos, essa atitude provocativa de Netanyahu pode ser interpretada como estratégia que leve à uma guerra santa, resultando desta a anexação definitiva dos territórios palestinos sem maiores repercussões, já que o mundo estaria voltado para o affair sanções e reação iraniana.
Portanto, ao rechaçar essa postura marota da secretária estadunidense, o Brasil age com independência e inteligência ao não chancelar tamanha barbaridade diplomática.

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