Dislexia político-administrativa

A oposição do prefeito Hélder Barbalho à transformação da Granja do Icuí em conjunto habitacional é o ápice da insanidade que acomete aquele alcaide. Primeiro, porque é tolice dizer que o conjunto causará caos urbano, quando é exatamente o contrário: trará ordenamento e infraestrutura à uma área historicamente dominada pela desordem, inclusive com o incentivo de notórios pemedebistas.
Segundo, porque a proposta de construção de três polos educacionais da UFPa, UEPa e IFET constitui-se em rebolation político, isto é, enrolation, típica barrigada para obstruir aquilo que pode ter mais celeridade. Além disso, se cada vez que o governo do estado, para cumprir seu papel institucional, tiver que pedir permissão para o prefeito do município beneficiado por aquela ação governamental,passará mais tempo pedindo permissão do que agindo. Hélder deve entender que a governadora tem tanta legitimidade quanto ele e, tal como a dele, a dela também é legitimada pela vontade popular.
Enquanto trata de obstruir o trabalho alheio, o prefeito negligencia suas atribuições, como no caso do prolongamento da Avenida 3 Corações, a partir do cruzamento com a Mário Covas, onde surge um posto de gasolina que ocupa uma parte do que deveria ser o leito da rua. A prefeitura há três anos não dá andamento para a obra, mas o posto de gasolina, iniciado há poucos meses, já está prestes a ser concluído. Resumo da ópera: Hélder Barbalho prejudica o povo com a paralisação da obra naquela avenida, e beneficia o particular que se apropria irregularmente de um bem público. É mais um "insubmisso a caprichos que não coincidem com o interesse público". Credo!