Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Colonizados travestidos de independentes

É infame essa postura da grande maioria dos jornalistas do país, ao posarem de independentes em relação a Cuba, mas reverberando os ditames do discurso oriundo dos EUA. Praticam o jornalismo de uma nota só, mas criticam o oficialismo alheio como bom colonizados que são.
Como qualquer outro país, obviamente Cuba tem leis que devem ser obedecidas por seus cidadãos e cidadãs submetendo-se, certamente, à coerção dessas em caso de infringilas. Ora, Orlando Zapata, o morto decorrente da greve de fome, não era propriamente um cumpridor das leis. Já havia sido condenado por invasão de domicílio, agressão e tentativa de homicídio, entre outros delitos, logo, é criminoso comum transformado em mártir para atender o velho discurso ideológico direitista muito bem assimilado pela imensa maioria de nossa imprensa, curiosamente ainda muito sensível à retórica da Guerra Fria.
É essa visão caolha que não permite que enxerguem o óbvio. Por exemplo, que Arthur Virgílio é líder do PSDB há onze anos, no Senado, mesmo tempo de Hugo Chavez à frente do governo venezuelano, sendo este frequentemente criticado por aquele pela longevidade no poder; que Roberto Freire pensou em iniciar uma campanha contra um possível terceiro mandato de Lula por considerar isto um golpe contra a democracia. Detalhe: Freire é presidente do seu partido-o PPS- desde sua fundação, há quase três décadas; que Jáder Barbalho é presidente do PMDB até há mais tempo que o ex-comunista no PPS e isso, evidentemente, parece não incomodar escribas do jornal de propriedade de Barbalho. Esse é o problema. Como dizia um mote de campanha, eles pensam que a gente não pensa. Lamentável!

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