Tocado pelo "gênio" científico de Flexa Ribeiro, O Liberal tentou dar contornos trágicos à pesquisa do IPEA, a respeito da situação sócio econômica das famílias brasileiras, na matéria intitulada "Pará lidera em número de famílias pobres". Para tal, de forma atabalhoada, conjugou no presente do indicativo o verbo que deveria ser conjugado no futuro do pretérito. A intenção da desastrada matéria é expor, ainda que de forma velada, a desaprovação do jornal às políticas de proteção social do governo Lula.
Assim, é afirmado que o Pará tem 640.605 famílias pobres, mais de duas vezes o número verificado no Tocantins e mais de 16 vezes o de Roraima. Nenhuma palavra é dita sobre o tamanho das populações comparadas.
Mas, discretamente está reconhecido que através do Bolsa Família e benefícios sociais 528.997 famílias foram beneficiadas. Porém, não há no texto nenhuma referência à nova condição dessas famílias. Sabe-se, é fato, que elas estão entre as 20 milhões de pessoas que ascenderam socialmente beneficiadas pela ação do governo, conforme dado de outra pesquisa. No entanto, como O Liberal não reconhece o remédio não reconhece, igualmente, a cura e continua tratando cidadãos e cidadãs como enfermos.
Para o jornal, não conta que mais de 500 mil famílias ascenderam socialmente. O que conta é que esse gasto está na rubrica custeio, por isso precisa ser reduzido. Lamentável!
Um comentário:
É a mesma estupidez de determinados jornalistas que teimam em reproduzir as análises tortas do Parcifal Pontes, que afirma que houve redução no orçamento para 2010 na área de segurança pública. Ele sabe, mas finge que ignora (e os jornalistas também)que houve aumento de custeio de pessoal para garantir os salários dos novos policiais que ingressaram por concurso, após mais de 10 anos sem renovação do efetivo policial.
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