O editorial de O Liberal de hoje é atacando a CONFECOM- Conferência Nacional de Comunicação. A linha de raciocínio(?) é desenvolvida na perspectiva de manifestar temor por uma possível tentação autoritária que esse evento possa gerar, sugerindo parâmetros que induzam o poder público a criar mecanismos de controle da imprensa.
É óbvio que não é esse o foco da dita conferência, de dotar o governo de poderes discricionários que permitam manietar jornalistas. Mas, há um sentimento geral de que é preciso cobrar responsabilidades de quem tem o dever de informar e transforma essa prerrogativa no direito de achacar desafetos, sem qualquer responsabilidade com o usuário desse serviço, mas totalmente comprometido com os interesses comerciais de quem lucra com essa relação promíscua.
Parece que, para uma organização que nasceu pelas mãos de um interventor militar e se consolidou como grande conglomerado empresarial durante outra ditadura militar, que durou duas décadas, é muito difícil conceber que cobrem de si aquilo que eles sempre cobraram dos outros, às vezes de forma até pouco civilizada, para dizer o mínimo. Para ela o importante é, claramente, a manutenção do atual status ricuperiano da imprensa brasileira, que omite o incoveniente e expõe o que convém aos negócios, ainda que escusos, da empresa. E o público que se lixe.
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