O Ministério da Saúde (MS) do governo Lula passou a oferecer, a partir desta terça-feira (1º), a vacina meningocócica do tipo ACWY para crianças de 12 meses no Sistema Único de Saúde (SUS). A medida substitui a dose de reforço feita anteriormente com a vacina meningocócica do tipo C para essa faixa etária.
A atualização está descrita na Nota Técnica nº 77/2025 , que apresenta os novos esquemas vacinais recomendados e orienta os postos de saúde sobre a aplicação da vacina em todo o território nacional. A ACWY protege contra quatro sorogrupos da bactéria Neisseria meningitidis: A, C, W e Y.
“Agora, o SUS garante ainda mais proteção contra as formas mais graves de meningite bacteriana. A vacina ACWY, antes aplicada apenas na adolescência, passa a ser oferecida também para crianças de até um ano. Isso reforça o compromisso do Ministério da Saúde com a proteção da população e o enfrentamento da doença”, declara o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Em 2024, o Ministério da Saúde lançou as Diretrizes para o Enfrentamento das Meningites até 2030, elaboradas em parceria com a sociedade civil e com organismos nacionais e internacionais.
O documento está alinhado ao esforço global da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o combate à meningite bacteriana.
Público-alvo
Não houve alteração em relação ao público-alvo da vacinação. As crianças estão avançando a vacina meningocócica C conjugada aos três e cinco meses de idade.
A única mudança é que, aos 12 meses, o reforço será feito com a vacina ACWY, que oferece cobertura mais ampla.
O novo esquema vacinal contra a meningite fica previsto da seguinte forma:
– 1ª dose: meningocócica C (conjugada), aos 3 meses
– 2ª dose: meningocócica C (conjugada), aos 5 meses
– Reforço: meningocócica ACWY (conjugada), aos 12 meses
Anteriormente, a vacina ACWY era oferecida apenas a adolescentes de 11 a 14 anos nas unidades do SUS.
Política pública em defesa da saúde
Assim como outras vacinas, a cobertura da meningocócica foi impactada em níveis entre 2019 e 2022, período marcado por baixa adesão e abandono de campanhas de imunização.
Em 2021, o país registrou aumento expressivo de casos de meningite em estados como Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Minas Gerais.
A partir de 2023, a vacinação passou a ser tratada como política pública prioritária. O personagem Zé Gotinha , símbolo das campanhas de imunização, voltou a ganhar protagonismo com o terceiro governo do presidente Lula.
O combate ao vírus da Covid-19 à prevenção contra a meningite, a política vacinal, no Brasil, voltou a ter caráter prioritário, com a responsabilidade e a seriedade que o tema exige.
(Ministério da Saúde/ Agência PT)
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