quarta-feira, 2 de julho de 2025

Secretário detalha medidas do governo Lula para combater desigualdade no país


No Jornal PT Brasil desta quarta-feira (2), transmitido pela TVPT e Rádio PT, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, explicou as medidas do governo Lula para promover justiça social e reestruturar as finanças públicas após os desmontes da gestão anterior.

“O presidente Lula já na campanha nos pediu uma coisa muito simples, mas que tem um poder transformador na sociedade brasileira”, relatou Mello. “Ele gostaria de ver de novo o pobre no orçamento, com mais investimentos sociais, e os muitos ricos pagando imposto que hoje eles não pagam”.

O secretário explicou que o objetivo do governo Lula, desde o início, é reverter a lógica perversa do sistema tributário brasileiro, onde “o pobre paga mais imposto do que o rico”. Isso está sendo feito em duas frentes: aumentar os investimentos sociais e reformar o sistema de tributação.

Isenção para 20 milhões

Guilherme Mello destacou que o governo já havia isentado do Imposto de Renda quem ganha até dois salários mínimos, beneficiando 10 milhões de pessoas.

Agora, uma nova proposta enviada ao Congresso Nacional amplia essa isenção para quem recebe até R$ 5 mil mensais.

“Isso vai tirar do Imposto de Renda mais 10 milhões de pessoas”, afirmou. “Ao todo, 20 milhões de pessoas vão deixar de pagar Imposto de Renda no Brasil graças a essa política do presidente Lula.”

Além disso, haverá redução da alíquota para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil. “Isso vai beneficiar mais 4 milhões de pessoas”, disse. “Estamos falando de 24 milhões de pessoas beneficiadas. 20 que vão deixar de pagar e 4 que vão pagar menos.”

Para compensar a perda de arrecadação, o governo Lula propõe um imposto mínimo de 10% sobre os rendimentos de quem ganha mais de R$ 1,2 milhão por ano. “Estamos pedindo para os super-ricos pagarem pelo menos o que pagam os trabalhadores. Isso vai atingir 140 mil pessoas”, explicou o secretário.

Rombo das isenções fiscais

O secretário também detalhou os dados atualizados sobre isenções fiscais no país. “Até o ano passado, só tínhamos estimativas da Receita Federal. Agora temos dados reais, concretos, fornecidos pelas próprias empresas”, afirmou.

“A estimativa era de R$ 500 a 600 bilhões por ano. Na realidade, temos mais de R$ 800 bilhões. Só no agronegócio, se estimava R$ 75 bilhões. Mas as empresas informaram R$ 158 bilhões. É praticamente o orçamento do Bolsa Família inteiro.”

Durante a entrevista, Mello comparou ainda o alcance das políticas públicas com o presidente Lula.

“O Bolsa Família atende milhões de pessoas. Esses benefícios atendem apenas alguns milhares de grandes empresários.”

Por isso, o governo enviou projeto ao Congresso para reduzir esses benefícios tributários e abrir mais espaço para investimentos sociais.

Crescimento

Guilherme Mello afirmou que os indicadores econômicos e sociais do país refletem os acertos do governo Lula desde 2023.

“O mercado achava que o Brasil ia crescer menos de 1%. Cresceu acima de 3%. Desde janeiro de 2023, o Brasil criou 4,2 milhões de vagas formais. Temos o menor desemprego da história”, disse.

Segundo ele, esse cenário é resultado de uma política econômica voltada à inclusão. “Estamos no maior nível da massa salarial da nossa história. Isso mostra que estamos gerando emprego e renda para quem mais precisa.”

Fake news

O secretário também esclareceu a falsa narrativa sobre o superávit de 2022. “Formalmente, houve um pequeno superávit. Mas foi à custa de calotes”, disse. “O governo Bolsonaro deixou de pagar precatórios, não compensou governadores pelas perdas de ICMS, e usou receitas questionáveis, como a privatização da Eletrobras.”

“Eles usaram uma série de artifícios, entre não pagamento, adiamento, calotes, receitas da queima do patrimônio público, para gerar um resultado que formalmente parece bom, mas estruturalmente é ruim.”

Mello lembrou que o próprio Paulo Guedes, ministro da Economia de Bolsonaro, previu déficit de 0,6% do PIB para 2023. “Ou seja, reconheceu que aquele superávit foi artificial.”

O secretário afirmou que o governo Lula está revertendo o cenário deixado por Bolsonaro com responsabilidade fiscal e inclusão. “Vamos conquistar o equilíbrio das contas públicas, melhorando os indicadores sociais e econômicos.”

“Hoje o pobre paga imposto e esse recurso vai para transferências e investimentos sociais. Mas é tirado do pobre para dar para o pobre. Queremos isentar o trabalhador e a classe média e cobrar dos muito ricos. Essa é a forma de melhorar a distribuição de renda no Brasil”,

(Agência PT)

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