As revelações de Gustavo Bebianno, ex coordenador da campanha e ex ministro de Bolsonaro, dando conta que Sérgio Moro teve pelo menos cinco encontros com Paulo Guedes, guru econômico de Bolsonaro na pré campanha, antes do resultado da eleição presidencial é grave.
É grave porque revela toda a delinquência morista ainda quando usava a toga como disfarce à sua bandidagem, a ponto do mau uso de suas atribuições de servidor público para deixar-se usar como instrumento de deslegitimação da vontade soberana da população brasileira.
Aliás, o que revela Bebianno é do mesmo nível de gravidade do que fora desnudado do comportamento facinoroso de Moro pelo The Intercept, sendo que aqui o criminoso não tem como acusar tratar-se da ação de hackers, pois trata-se de uma testemunha natural e possivelmente ocular da promiscuidade.
Talvez, em fatos como esse revelado por Bebianno resida o medo de certas autoridades com a iniciativa do presidente do STF em requisitar 600 mil procedimentos do COAF, por suspeitas de irregularidades ao prestar-se ao uso fora da lei por parte de membros do MP.
Dias Tofolli já declarou que não fará como os malfeitores usufrutuários da promiscuidade ora sob exame do Supremo. Mas é certo que nossa Suprema Corte pode estar de posse do mais revelador material, capaz de comprovar a suspeição, ou melhor, certeza do papel acanalhado de Sérgio Moro como togado.
Legitimação, por outras vias, de tudo que Glenn Greenwald revelou a respeito da maior bandidagem já operada no país por homens de preto em nossa história pode mais do que afastar um malfeitor de cargo público. Pode desbaratar a quadrilha e colocar seus integrantes atrás das grades. Será?
Nenhum comentário:
Postar um comentário