Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 19 de novembro de 2019

A escola vilmente partidarizada


Típica escola partidarizada, na linha do fanatismo religioso daqueles parlamentares  que inventaram embustes legislativos, como cura gay e escola sem partido, para tentar triunfar sobre o pensamento crítico que bem ou mal secularmente permeia a escola brasileira.

Foi isso que aconteceu na Escola Adventista de Belém, ao aplicar uma prova para o 9º ano com questões como "a Biblia condena o homossexualismo?"; "a pessoa nasce ou se torna homossexual?"; "homossexualismo tem perdão?' e "como evitar o homossexualismo".

Tudo dentro da mais estreita bitola ideológica que orienta essa pseudo pedagogia, baseada em crenças de origem medieval, bem como exalando o mau odor do preconceito fora da lei na medida em que faz apologia selvagem da homofobia mal disfarçada nesses famigerados enunciados.

A pergunta que se faz necessária é: qual a orientação científica para o embasamento de abordagens por esse viès?  Se a escola tem uma nítida orientação religiosa, esta não pode ultrapassar a fronteira do ensino religioso, caso contrário incorre na prática do charlatanismo pedagógico.

E é isto que parece ter ocorrido, pois as ditas questões foram levantadas em uma prova da disciplina Português, onde os conteúdos estão obrigados por lei a obedecer a grade curricular e programas emanados do Ministério da Educação, não de ministério religioso.

Caso típico de fraude pedagógica, merece a repercussão que está obtendo nacionalmente ao misturar retórica medieval cevada no submundo do fanatismo, para despejá-la em um estado laico como é o Brasil, confrontando o gueto do obscurantismo à orientação científica vigente.  

2 comentários:

Anônimo disse...

Senhor, a Escola Adventista dos Correios pisou fora do caco. Mas as perguntas São de livre arbítrio. No contexto bíblico o ato do efeminado é reprovado tanto pelo que consta no Torá, como no novo testamento. Em relação ao pecador, ainda segundo a Bíblia tem o dizer:"Vai e não peques mais". Logo o praticante pode se arrepender e sair dessa. MAS a Escola ou o professor adotaram um livro que pode ser questionável e induzir ao embate. O que não pode é surgir o extremismo como acontece na Rússia , Oriente Médio e outros países africanos e asiáticos que não toleram o Homossexual.

Na Ilharga disse...

Não cabe o tal do "livre arbítrio" em uma disciplina pedagógica com programa definido pelo MEC. Se quisesse usar a tal faculdade, que o fizesse na sala de religião, ainda assim, se não for disciplina obrigatória.
O artigo 5º, X, da Constituição Federal diz que "são invioláveis a intimidade, a vida privada a honra e a imagem das pessoas...." Logo, alguém atribuir em público a pecha de 'doença' à opção sexual de alguém que eventualmente frequente a dita escola constitui-se violação à Constituição.
De resto, o ser ou não ser homossexual não é a questão em tela, mas a adoção de um livro fora da lei, de conteúdo homofóbico, por parte da escola, isso é que foi denunciado e repercutiu nos quatro cantos do país e desnudou o caráter fascista da famigerada 'escola sem partido'. Obrigado pela atenção e sinta-se à vontade se decidir continuar o diálogo.